Lula coloca-se ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia

© D.R.

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, colocou-se, esta semana, ao lado das posições defendidas pela Rússia no que diz respeito à guerra contra a Ucrânia.

Em declarações aos jornalistas em Pequim, na China, Lula da Silva acusou os Estados Unidos da América de “encorajar a guerra” que começou a 24 de fevereiro de 2022 quando a Rússia invadiu o território ucraniano, e defendeu que a União Europeia tem de “começar a falar de paz”.

“Os Estados Unidos devem parar de encorajar a guerra e começar a falar de paz, a União Europeia deve começar a falar de paz”, afirmou.

Depois de proferidas estas declarações, muitos foram os que reagiram no imediato, criticando as palavras de Lula da Silva.

Da parte do CHEGA, André Ventura deixou claro que “Lula da Silva deve ser condenado pela sua proximidade com a Rússia, com a China e pela sua incapacidade de ver o sofrimento que o seu aliado Vladimir Putin está a causar ao povo ucraniano”.

O presidente do terceiro maior partido português destacou ainda a “hesitação” de Lula da Silva em “condenar as ditaduras sul-americanas que tanta dor e tanta pobreza têm causado”, lembrando que a “história da corrupção portuguesa está intimamente ligada à história da corrupção de Lula de Silva, através de José Sócrates”.

Por isso, garantiu André Ventura ao Folha Nacional, o CHEGA está a organizar a “maior manifestação de sempre contra um Chefe de Estado em Portugal” e que terá lugar no dia 25 de Abril, a partir das 09h00 em frente à Assembleia da República, pois é o dia em que Lula da Silva será recebido no Parlamento.

Ainda como protesto, o Grupo Parlamentar do CHEGA submeteu na Assembleia da República um voto de condenação pelas declarações proferidas por Lula da Silva.

Quem também se pronunciou sobre as declarações do presidente brasileiro sobre a Ucrânia foi a Associação dos Ucranianos em Portugal.

“A comunidade ucraniana está a preparar uma carta que vai entregar, quando Lula visitar Portugal no 25 de abril”, afirmou o responsável pela Associação dos Ucranianos em Portugal.

Pavlo Sadokha revelou ainda que “estamos a pensar em fazer uma manifestação, cujo local ainda não determinámos, para demonstrarmos a nossa posição”.

“Esperamos que o Presidente Marcelo [Rebelo de Sousa] e o primeiro-ministro, António Costa, tentem mudar esta posição do Presidente Lula”, acrescentou o responsável.

Para Pavlo Sadokha, a posição de Lula da Silva mostra “apoio” aos regimes totalitários como a Rússia e a China e frisa que não compreende a posição do Partido Socialista.

“No domingo assistimos a várias declarações de vários partidos e não percebemos esta posição do PS. Eles concordam com as declarações de Lula”, disse ressalvando que “até agora” os políticos portugueses ajudaram a Ucrânia.

Pavlo Sadokha recordou que o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal visitaram zonas da Ucrânia “onde soldados russos cometeram crimes considerados como crimes de guerra” e, por isso, podem explicar ao Presidente do Brasil “o que realmente está a acontecer”.

Pavlo Sadokha disse ainda que os ucranianos em Portugal esperavam “mais apoio” do Brasil onde reside, afirmou, “uma enorme comunidade” de cidadãos da Ucrânia.

Depois de toda a polémica, Lula da Silva mudou forçosamente de opinião, pelo menos em público, dizendo que se opõe à “violação da integridade territorial” da Ucrânia.

*com lusa

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.
Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.
Em visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, André Ventura, candidato presidencial apoiado pelo CHEGA, afirmou que o mundo rural “deveria ter muito mais importância no debate político” e sublinhou a necessidade de defender “os grandes símbolos do país rural”, que considera frequentemente esquecidos pelas forças políticas do sistema.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende que estrangeiros não residentes, sem seguro ou qualquer acordo internacional, passem a assumir os custos dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde