Bolsa de Lisboa em baixa com BCP a cair 2,25%

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A bolsa de Lisboa estava hoje em baixa, a manter a tendência da abertura, com as ações do BCP a caírem 2,25% para 0,21 euros.

Cerca das 09h10 em Lisboa, depois de ter aberto em baixa, o PSI recuava 0,38% para 5.931,20 pontos, com a cotação de oito ‘papéis’ a descer, quatro a subir e quatro a manter-se (Ibersol em 6,94 euros, REN em 2,53 euros, EDP em 4,66 euros e NOS em 3,65 euros).

Na quarta-feira, os acionistas do BCP aprovaram, em assembleia-geral (AG), a proposta de aplicação de resultados que contempla a distribuição de quase 10 milhões de euros aos trabalhadores, segundo um comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O BCP divulgou em abril as várias propostas para esta AG, indicando que resolveu, tendo em conta os resultados de 2022, atribuir 9,97 milhões de euros aos colaboradores, transferindo o restante para as rubricas de reserva legal e para resultados transitados.

Às ações do BCP seguiam-se as da Mota-Engil, Galp e Jerónimo Martins, que se desvalorizavam 0,93% para 1,92 euros, 0,85% para 10,49 euros e 0,80% para 22,38 euros.

Outras ações que se desvalorizavam eram as dos CTT e da Semapa, que desciam 0,73% para 3,38 euros e 0,71% para 14,02 euros.

As outras duas ações (Corticeira Amorim e Sonae) desciam entre 0,37% e 0,39%.

Em sentido contrário, as ações da Altri, EDP Renováveis, Navigator e Greenvolt eram as que subiam, designadamente 0,62% para 4,23 euros, 0,26% para 19,45 euros, 0,23% para 3,46 euros e 0,16% para 6,39 euros.

As principais bolsas europeias negociavam hoje em baixa, pendentes mais uma vez de um eventual acordo sobre o teto da dívida nos EUA, e num dia em que foi anunciado que a economia alemã entrou em recessão técnica no primeiro trimestre.

Os investidores mantêm-se cautelosos enquanto esperam que os democratas e os republicanos cheguem a um acordo sobre o teto da dívida dos EUA, enquanto a Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, voltou a avisar que o país está a uma semana de entrar em incumprimento.

A agência de notação Fitch colocou a dívida dos EUA, que tem a notação mais elevada da empresa (AAA), em “vigilância negativa”.

Analistas da Link Securities citados pela Efe avisam que “o tempo está a esgotar-se para os responsáveis políticos americanos, com o dia “X”, 01 de junho, cada vez mais próximo e com cada vez menos tempo para que um possível acordo para aumentar o limite da dívida seja debatido e votado no Congresso”.

Por outro lado, na quarta-feira foram divulgadas as atas da última reunião da Reserva Federal dos EUA (Fed), na qual, segundo os analistas da Renta4, as expectativas complacentes do mercado quanto à redução das taxas na segunda metade do ano foram ligeiramente moderadas.

Neste contexto, os futuros de Wall Street estão a ser negociados de forma mista nesta altura, com ganhos especialmente elevados no indicador Nasdaq.

Na Europa, antes da abertura, soube-se que a economia alemã registou uma contração de 0,3% no primeiro trimestre do ano, o que a coloca em recessão técnica após dois trimestres consecutivos em território negativo.

Na sessão de hoje também será divulgada a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do primeiro trimestre.

Na quarta-feira, a bolsa de Wall Street terminou em baixa, com o Dow Jones a cair 0,77% para 32.7995,92 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro de 2022.

O Nasdaq fechou a desvalorizar-se 0,61% para 12.484,16 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro de 2021.

A nível cambial, o euro abriu a cair no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0721 dólares, contra 1,0756 dólares na quarta-feira.

O barril de petróleo Brent para entrega em julho abriu também em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 77,98 dólares, contra 78,36 dólares na quarta-feira e 72,33 em 03 de maio, um mínimo desde janeiro de 2022.

 

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