O grupo Crédito Agrícola teve lucros de 95,8 milhões de euros no primeiro trimestre, quase o triplo dos 35,7 milhões de euros dos primeiros três meses de 2022, disse hoje em comunicado de imprensa.
A margem financeira (diferença entre o que recebe de juros nos créditos e o que paga de juros nos depósitos) duplicou para 153,4 milhões de euros, o que o banco justifica com “o impacto positivo da evolução das taxas Euribor no rendimento da carteira de títulos e carteira de crédito do grupo”, ainda que “parcialmente penalizado com o aumento do custo dos depósitos de clientes”.
As comissões líquidas cresceram 16,7% para 38,8 milhões de euros.
Para os lucros contribuíram ainda os resultados extraordinários com operações financeiras, de 6,5 milhões de euros, que comparam com 5,8 milhões de euros negativos do primeiro trimestre de 2022.
Do lado dos gastos, os custos de estrutura cresceram 11,9% para 101,6 milhões de euros, com os custos com pessoal a avançarem 15,3% para 62,7 milhões de euros, o que diz o grupo bancário foi “em parte justificado pelo impacto das atualizações da tabela salarial efetuadas em junho de 2022 (incluindo retroativos de 2021) e em fevereiro de 2023 [de 4%, com retroativos a janeiro]”.
O grupo Crédito Agrícola tinha 4.117 trabalhadores em março, mais 45 do que no mesmo mês de 2022. As agências bancárias eram 617, menos três.