CHEGA questiona Costa sobre deslocação a Budapeste e custos da escala

© Folha Nacional

O CHEGA questionou hoje o primeiro-ministro sobre a presença na final da Liga Europa de futebol, concretamente porque não a colocou na agenda pública, quem suportou os custos da escala aérea e quando decidiu ir a Budapeste.

Em conferência de imprensa hoje na sede do partido, em Lisboa, o presidente do CHEGA, André Ventura considerou que o esclarecimento dado de que António Costa tinha estado na final a convite da UEFA “levanta mais problemas e outras questões”, desde logo o porquê de o primeiro-ministro ter tentado “ocultar dos portugueses e das instituições portuguesas esse convite”.

“Um primeiro-ministro que decide por sua iniciativa desviar o itinerário de uma viagem para assistir a uma final de futebol sem que conste num compromisso oficial do Estado português deve explicações”, defendeu.

De acordo com o líder do CHEGA, a preocupação do partido foi, através do parlamento, “questionar diretamente o gabinete do primeiro-ministro sobre esta viagem, as suas motivações e as suas condições”, reiterando que “sendo pública a sua notícia, o Ministério Público não precisa de queixa nem de denúncia para poder atuar”.

O CHEGA quer saber quando é que António Costa “decidiu que ia assistir à final da Liga Europa” e, se foi convidado pela UEFA e mereceu tratamento protocolar, “porque razão não estava na agenda pública”.

De acordo com Ventura, foi ainda perguntado “quem suportou os custos desta escala e os custos a ela associados” e “se a antecipação do debate parlamentar que ocorreu a 24 de maio, em vez de 31, teve como motivo a participação do primeiro-ministro na final”.

“Se há um dimensão que é de justiça, há uma que é da política e do escrutínio. O primeiro-ministro não pode nem deve usar bens do estado ao seu bel-prazer, de forma totalmente discricionária, mesmo que tenha o consentimento do Presidente da República para o efeito”, defendeu.

Para o líder do CHEGA, “ou esta era uma viagem oficial e faz sentido que seja suportada pelo erário público ou esta foi uma viagem privada, para dar um abraço a José mourinho, para dar abraço aos jogadores de futebol, mas que devia ser paga pelo primeiro-ministro português e não pelos contribuintes”.

Na segunda-feira, o líder da IL, Rui Rocha, enviou perguntas a António Costa para saber, entre outros esclarecimentos, o porquê deste convite não constar da agenda oficial.

O primeiro-ministro afirmou, em comunicado do seu gabinete divulgado segunda-feira, que esteve na final da Liga Europa de futebol, em Budapeste, no passado dia 31, a convite da UEFA e ficou sentado ao lado do seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, por tratamento protocolar.

Em 31 de maio, António Costa, que viajava num Falcon 50 da Força Aérea, fez uma escala em Budapeste quando seguia a caminho da Moldova para a cimeira da Comunidade Política Europeia, sem que a paragem constasse da sua agenda pública, segundo noticiou o Observador.

De acordo com o mesmo jornal, o chefe do Governo português assistiu ao jogo da final da Liga Europa de futebol entre o Sevilha e a Roma, equipa italiana orientada por José Mourinho, ao lado do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

A paragem na Hungria foi criticada pela oposição, que reclama esclarecimentos de António Costa.

Últimas de Política Nacional

O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que prevê uma isenção alargada do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para habitação própria e permanente, introduzindo novas condições de acesso ao benefício fiscal
O CHEGA reiterou a sua oposição a qualquer aumento nos impostos sobre os combustíveis, defendendo que o Governo deve garantir que os preços não sobem e propondo a eliminação do adicional do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).
André Ventura reuniu, em apenas cinco horas, as 7.500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura à Presidência da República.
O Tenente-Coronel Tinoco de Faria anunciou que decidiu retirar-se da corrida às eleições presidenciais, declarando o seu apoio a André Ventura, numa decisão que descreveu como tomada “em defesa dos valores da Nação”.
“Pode aparecer um maluco...”, foi o que um ativista cigano declarou em entrevista ao Diário de Notícias, referindo-se ao candidato presidencial André Ventura. A menos de três semanas das presidenciais, o caso agrava o clima de tensão em torno da candidatura do líder do CHEGA.
O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, afirmou, em audição parlamentar no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026, que “já existem três organizações terroristas a operar em Portugal”, exigindo explicações ao Governo sobre o alegado funcionamento dessas células no território nacional.
Candidato presidencial reage à abertura de um inquérito por causa dos cartazes da sua campanha. Ventura fala em ataque à liberdade de expressão e garante que não vai retirar a mensagem: “Cumpro a lei, mas não abdico das minhas convicções.”
Decisão de Marco Almeida causa polémica logo na primeira reunião do novo executivo. Autarquia defende legalidade e fala em mérito profissional, mas a nomeação do companheiro de uma vereadora para liderar os SMAS de Sintra levanta críticas e acusações de favorecimento.
A Câmara da Nazaré confirmou a realização de buscas nesta autarquia, mas o antigo presidente, Walter Chicharro, esclareceu que se limitou ao licenciamento urbanístico das vivendas investigadas pela PJ que são propriedade do Estado.
O CHEGA considera que o aumento das pensões deve ser um "desígnio histórico" e propõe, no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano, uma subida de 1,5%, além do que está previsto por lei.