Sindicato diz que Caixa Geral de Depósitos recusa aplicar aumento de 1%

© CGD

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) afirmou hoje que a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) não vai aplicar o aumento extraordinário de 1% anunciado pelo Governo.

“O STEC informa que reuniu com o Presidente da Comissão Executiva, tendo sido reiterada a informação de que a CGD não iria cumprir esta determinação do Governo”, refere o sindicato em comunicado hoje divulgado.

O sindicato regista que, em alternativa, a CGD propôs um pagamento “em formato de apoio extraordinário, ou seja, um valor a definir e a pagar uma única tranche apenas aos trabalhadores no ativo”, a que não se opõe, desde que seja efetuado “de forma transparente, justa e igualitária”.

O STEC teme uma repetição da “discriminação ocorrida em 2022”, que deixou de fora pré-reformados e trabalhadores com rendimento bruto acima de 2.700 euros, e insiste que “não abdicará do cumprimento” do aumento intercalar de 1% determinado pelo executivo.

“Nesse sentido o STEC vai, nos termos da legislação em vigor, requerer o início do processo de conciliação no Ministério do Trabalho, e solicitar audiências aos grupos parlamentares da Assembleia da República, Ministério das Finanças e Comissão de Orçamento e Finanças”, regista, lembrando que a empresa entre janeiro de 2022 e março de 2023 teve lucros superiores a mil milhões de euros.

O Governo anunciou em março um aumento salarial intercalar de 1% para a administração pública este ano, bem como um aumento de 5,20 euros para seis euros no subsídio de alimentação.

Segundo anunciou em 11 de abril o ministro das Finanças, Fernando Medina, este aumento salarial intercalar será pago a partir de 20 de maio, estando prevista a correção do mecanismo de retenção.

“O aumento extraordinário dos funcionários da administração pública será pago a partir de 20 de maio, com efeitos retroativos a janeiro deste ano, estando prevista a correção do mecanismo de retenção para os trabalhadores não serem prejudicados sobre esse acréscimo no mês”, afirmou o governante durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), no âmbito do requerimento potestativo apresentado pelo Chega sobre a medida do IVA zero do cabaz de alimentos definidos pelo Governo.

Últimas de Economia

O número de trabalhadores da administração pública subiu 1,3% até 31 de março, em termos homólogos, para 758.889 postos de trabalho, um novo máximo da série estatística iniciada em 2011, segundo dados hoje divulgados pela DGAEP.
A empresa chinesa TikTok disse hoje “discordar de algumas das interpretações da Comissão Europeia”, após ter sido acusada de violar a Lei dos Serviços Digitais da União Europeia referente à transparência na publicidade, garantindo “empenho em cumprir obrigações”.
Os novos créditos ao consumo somaram 777,065 milhões de euros em março, uma subida de 12,9% em termos homólogos e de 5,4% face a fevereiro deste ano, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) fechou o ano de 2024 com um resultado líquido positivo de 84 mil euros, depois de prejuízos de 13 mil euros em 2023, apesar dos rendimentos terem descido 0,5%.
Quase 60% dos desempregados no quarto trimestre de 2024 continuava sem emprego no primeiro trimestre deste ano, tendo 24,2% encontrado trabalho, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os proprietários de imóveis que recebam uma nota de liquidação de IMI com a indicação de que a data limite de pagamento é o final de maio, podem desconsiderar esta informação e efetuar o pagamento até 30 de junho.
A taxa de inflação homóloga foi de 2,1% em abril, mais 0,2 pontos percentuais do que em março, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O preço do ouro, depois da queda de segunda-feira, em que chegou a baixar o nível dos 3.200 dólares, voltou na sessão de hoje a registar uma subida de mais de 1% para os 3.261 dólares.
A bolsa de Lisboa encerrou hoje em alta, com o índice PSI a ganhar 1,76% para 7.110,83 pontos, destacando-se a EDP Renováveis, que cresceu mais de 5%.
Os trabalhadores do construtor automóvel norte-americano Ford na Alemanha vão fazer greve na quarta-feira em protesto contra a redução de 2.900 postos de trabalho planeada pela administração da empresa.