Alunos do 1.º ciclo a receber manuais “velhos e todos escritos”

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) denunciou hoje casos de alunos do 1.º ciclo que estão a receber "manuais velhos e todos escritos", devido ao processo de reutilização dos manuais.

© D.R

presidente da Confap disse à Lusa que há alunos que “estão a receber, neste momento, manuais velhos e todos os escritos, porque as escolas os estão a entregar às famílias”.

Segundo Mariana Carvalho esta é uma das consequência da decisão, anunciada quase no final do ano letivo passado, de voltar a ser obrigatório devolver os livros dos 3.º e 4.º anos de escolaridade, depois de dois anos em que a reutilização esteve suspensa devido à pandemia de covid-19.

No final do passado ano letivo, as famílias foram apanhadas de surpresa e multiplicaram-se as histórias de exercícios feitos nos cadernos, manuais riscados, pintados e até com colagens.

Se algumas escolas aceitaram os manuais tal como estavam, atribuindo ‘vouchers’ para que as crianças pudessem ter livros gratuitos no ano letivo seguinte, outros estabelecimentos de ensino consideraram que os manuais não estavam em condições de ser reutilizados e recusaram-se a atribuir ‘vouchers’.

Já no final de agosto, o Ministério da Educação reabriu a plataforma MEGA para poder fazer correções na atribuição dos ‘vouchers’ e permitir que todos voltassem a ter manuais gratuitos.

No entanto, segundo Mariana Carvalho, “há alunos que estão a receber, neste momento, manuais velhos e todos os escritos”.

Para a Confap, é preciso divulgar atempadamente as mudanças. Mariana Carvalho criticou também o Ministério da Educação por ainda não ter avisado por escrito as escolas das novas regras, conhecidas na semana passada.

“O senhor ministro anunciou, na comunicação social, o fim da reutilização dos manuais do 3.º e 4.º anos de escolaridade já para este ano letivo, mas as escolas ainda não receberam nenhum documento escrito e temos receio que aconteça o mesmo que aconteceu recentemente”, contou à Lusa.

Mariana Carvalho aplaude a iniciativa mas pede que seja enviada informação para todas as escolas, para garantir uma uniformização das medidas: “Há professores que, por exemplo, não permitem que se escreva nos manuais. Fizemos, por isso, hoje um pedido em oficio para que o ministério envie uma informação clara para as escolas, por escrito, para que toda a gente esteja orientada”.

Tanto as associações de pais como os diretores escolares têm defendido que os manuais dos alunos do 3.º e 4.º ano devem ser oferecidos, tal como já acontecia no 1.º e 2.º anos.

Agora, os manuais do 1.º ciclo deixam de ser entregues no final do ano letivo, passando a ser obrigatória a devolução apenas entre o 5.º e o 12.º anos de escolaridade.

Últimas do País

O advogado Paulo Abreu dos Santos, com passagem pelo Governo, foi detido por centenas de crimes ligados à pornografia de menores e a abusos sexuais de crianças, alguns alegadamente praticados e registados pelo próprio.
O Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) da Madeira registou até às 12h00 deste sábado um total de 185 ocorrências relacionadas com as condições meteorológicas adversas nesta região.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) reclamou, este sábado, o pagamento imediato da dívida de 30 milhões de euros às corporações respeitante ao transporte de doentes urgentes para os hospitais e pediu para ser ouvida em qualquer reforma do setor.
Dois homens foram detidos na quinta-feira no concelho de Cantanhede por suspeita de tráfico de estupefacientes, informou hoje a GNR de Coimbra.
Os ministros das pescas europeus chegaram hoje a um acordo sobre as capturas em 2026, com uma previsão de reduzir o volume global, nalguns casos com impacto em Portugal, como é o caso do carapau, solha ou linguado.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação anunciou esta sexta-feira que o Governo vai pagar aos professores 30 milhões de euros por horas extraordinárias acumuladas desde 2018, que, erradamente, não tinham sido pagas.
Um sismo de magnitude 4,1 ocorreu este sábado em Celorico da Beira e foi sentido em vários concelhos dos distritos da Guarda, Aveiro, Castelo Branco, Vila Real e Viseu, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O tempo médio de espera para doentes não urgentes atingia este sábado as 10 horas no Amadora-Sintra, com os urgentes (pulseira amarela) a esperarem mais de seis horas.
As burlas foram responsáveis no ano passado por um prejuízo patrimonial superior a 65 milhões de euros, menos 41% face a 2023, uma diminuição que acompanha o decréscimo das denúncias deste tipo de crime em 2024, revela a PSP.
Recusou abandonar o hospital após alta clínica, intimidou profissionais de saúde e chegou a exigir casa e cirurgia inexistente. O caso arrastou-se durante meio ano no Hospital Amadora-Sintra e só terminou com intervenção policial.