“Ao momento a que estamos, nós não sabemos se a TAP vai ser privatizada, a que consórcio vai ser privatizada, que membros pertencem a esse consórcio, e, mais importante que tudo, se o ‘hub’ vai ficar em Lisboa ou se vai passar para Madrid”, disse.
Falando aos jornalistas à margem de uma ação de campanha da candidatura do CHEGA às eleições de domingo na Madeira, em Câmara de Lobos, André Ventura considerou “lamentável” a possibilidade do ‘hub’ ser transferido para Espanha, bem como o facto de o primeiro-ministro, António Costa, ter admitido uma privatização total da TAP esta terça-feira no parlamento, durante o debate da moção de censura do partido ao Governo.
Ventura disse que o CHEGA entregou na Assembleia da República um pedido “com caráter de extrema urgência”, para que o Governo entregue, até ao final da semana, toda a documentação relacionada com o processo de privatização da TAP.
O primeiro-ministro colocou a hipótese, entre diferentes cenários, de privatizar a totalidade do capital da TAP, apesar de indicar que o montante ainda não foi definido e irá depender do parceiro escolhido.
Em resposta ao líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, no debate da moção de censura do CHEGA ao Governo, Costa referiu que o montante da TAP que será privatizado “variará necessariamente” consoante o parceiro privado que for escolhido.
“Ao contrário do que diz, nós não vamos vender a um qualquer privado. Só iremos privatizar e vender parte, ou a totalidade do capital, tendo em conta a defesa dos interesses da companhia, de Portugal e dos portugueses”, disse.