Processos disciplinares abertos pela IGAI a polícias mais do que duplicaram em 2022

Os processos de natureza disciplinar abertos pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a elementos das forças de segurança mais do que duplicaram no ano passado em relação a 2021 totalizando 84, segundo dados enviados à Lusa.

© Facebook\ aspppsp

 

Em 2022, a IGAI instaurou 31 processos de inquérito e 53 processos disciplinares para apuramento de circunstâncias de atos praticados por elementos das forças e serviços de segurança ou circunstancialismos relacionados com organismos do Ministério da Administração Interna.

Segundo a IGAI, os 84 processos de natureza disciplinar abertos em 2022 são o maior número desde 2017, quando foram instaurados 38, passando para 62 em 2018, diminuindo no ano seguinte para 15, voltando a aumentar para 58 em 2020, tendo totalizado 41 em 2021.

A IGAI, organismo que fiscaliza a atividade das polícias, frisa “o aumento significativo de processos instaurados em 2022”, precisando que estavam em curso e transitaram do ano anterior 90 processos de natureza disciplinar, o que totaliza um total de 174 processos desta natureza, dos quais foram concluídos 64.

A IGAI destaca também os processos de natureza disciplinar abertos na sequência do uso de arma de fogo, assinalando o facto de ter havido cinco cidadãos feridos e um morto na sequência da ação das forças de segurança, designadamente de elementos da Polícia de Segurança Pública.

Em 2021 tinham morrido três pessoas devido à ação da polícia e em 2020 foram duas, em contraste com as zero mortes em 2018 e 2019.

Os dados da IGAI indicam também que em 2022 aumentou, em relação aos anos anteriores, o número dos processos de natureza disciplinar abertos em resultado de ofensas à integridade física, num total de 48, dos quais 29 contra militares da GNR e 19 contra elementos da PSP.

O organismo liderado pela juíza desembargadora Anabela Cabral Ferreira indica ainda que no ano passado foram aplicadas 13 penas disciplinares, mais uma do que em 2021.

A IGAI realça a evolução das sanções nos últimos seis anos, que passaram de seis penas disciplinares aplicadas em 2017 para 13 em 2022.

A IGAI tem como missão assegurar as funções de auditoria, inspeção e fiscalização de todas as entidades, serviços e organismos tutelados pelo MAI.

Últimas do País

Três concelhos dos distritos da Guarda e de Coimbra estão hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A prisão de Lisboa, a maior do país, com cerca de mil reclusos, enfrenta um cenário de elevada tensão. A paralisação dos guardas prisionais, iniciada na quarta-feira, está a gerar revolta entre os detidos, que se encontram privados de visitas, da entrega de alimentos e de roupa lavada.
Cerca de 1,8 milhões de pessoas em Portugal viviam em agregados familiares com um rendimento mensal inferior a 632 euros por adulto equivalente, em 2023. Entre os diferentes grupos etários analisados, os idosos foram os mais afetados pelo agravamento da pobreza, com a taxa de risco a aumentar de 17,1% em 2022 para 21,1% em 2023.
O jovem de 23 anos suspeito de ter esfaqueado mortalmente um turista norte-americano na madrugada de quarta-feira, em Cascais, ficou esta sexta-feira em prisão preventiva.
A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal está a investigar uma denúncia apresentada por uma jovem de 20 anos que afirma ter sido sequestrada por três homens, de quem aceitou boleia na Amadora.
A comunidade indiana tornou-se, este ano, a segunda mais numerosa em Portugal, totalizando 98.616 cidadãos. Até então, esse lugar era ocupado por Angola, que agora ocupa a terceira posição, com 92.348 residentes.
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) disse que a manifestação de hoje é o início de vários protestos que os polícias vão realizar "até deixarem de ser discriminados", estando marcado para as próximas semanas outras iniciativas.
A Provedoria de Justiça contesta a fórmula de cálculo usada pelo Instituto da Segurança Social (ISS) para fixar pensões unificadas, considerando que limita “injustamente” o acesso e valor destas prestações, em prejuízo dos cidadãos
Esta semana está a ser sangrenta em Portugal, particularmente na Área Metropolitana de Lisboa. Em menos de 48 horas, três pessoas foram assassinadas e quatro foram internadas em estado grave. “Inqualificável”, diz André Ventura.
Nove em cada 10 Unidades de Saúde Familiar (USF) reportaram no último ano faltas de material básico como vacinas, e quase todas tiveram falhas informáticas, segundo o estudo anual que retrata o estado dos cuidados de saúde primários.