Juro do crédito à habitação volta a subir em setembro para 4,270%

A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação voltou a subir em setembro, para 4,270%, o valor mais elevado desde março de 2009 e 18,1 pontos base acima da de agosto, divulgou hoje o INE.

© D.R

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 3,5 pontos base, de 4,331% em agosto para 4,366% em setembro, o valor mais elevado desde abril de 2012.

Para o destino de financiamento “aquisição de habitação”, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 4,247% (+18,0 pontos base face a agosto). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 3,1 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 4,351%.

Considerando a totalidade dos contratos, em setembro, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 386 euros, mais sete euros do que em agosto e mais 114 euros do que em setembro de 2022 (aumento de 41,9%).

Deste valor, 226 euros (59%) correspondem a pagamento de juros e 160 euros (41%) a capital amortizado – em setembro de 2022, a componente de juros representava apenas 21% do valor médio da prestação (272 euros).

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu cinco euros em setembro face ao mês anterior, para 628 euros, o que representa um aumento de 33,3% face ao mesmo mês do ano anterior.

Em setembro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 222 euros face ao mês anterior, fixando-se em 63.962 euros.

Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 123.392 euros, mais 428 euros do que em agosto.

Últimas de Economia

A Comissão Europeia alertou hoje para “novos desafios” relacionados com a crise habitacional que aumentam os riscos de pobreza e de desigualdade social em Portugal, dado haver mais pessoas com encargos excessivos de habitação.
A Comissão Europeia alertou hoje que Portugal "corre o risco de exceder significativamente" o teto máximo para despesas líquidas definido ao abrigo do plano de médio prazo, embora falando numa situação orçamental "próxima do equilíbrio" em 2026.
Portugal exportou até setembro 53,3 milhões de pares de sapatos no valor de 1.321,7 milhões de euros, mais 3,8% em quantidade e 2,1% em valor face ao período homólogo, anunciou hoje a associação setorial.
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi 2.025 euros por metro quadrado em outubro, mais 17,7% do que no mesmo mês de 2024, disse hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
As empresas multinacionais garantiram mais de um quarto das receitas totais de IRC arrecadadas pelo Estado português em 2022, 29% do total, mostram estatísticas hoje divulgadas pela OCDE.
A empresa estatal Parpública anunciou hoje, em comunicado, que recebeu "três declarações de manifestação de interesse" pela privatização da TAP, cuja entrega de candidaturas encerrou às 16:59.
O prazo para a entrega das manifestações de interesse pela privatização da TAP termina hoje, seguindo-se agora a análise das candidaturas pela Parpública e a preparação para as propostas não vinculativas.
Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ultrapassaram a barreira dos 10.000 milhões de euros na última semana, com as empresas a manterem-se na liderança, segundo o último relatório de monitorização.
O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou 9.400 milhões de euros em setembro face a agosto, para 866.400 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O International Airlines Group (IAG) entregou à Parpública uma declaração de interesse no processo de privatização da TAP, anunciou hoje o grupo dono da British Airways e da Iberia, um dia antes do final do prazo definido.