Primeiro-ministro libanês pede intervenção dos EUA para acabar com “agressão israelita”

O primeiro-ministro em exercício libanês, Nayib Mikati, pediu hoje ao secretário de Estado Antony Bliken para que a Administração norte-americana interceda no sentido de pôr termo "à agressão israelita" em Gaza e no sul do Líbano.

© Facebook de Nayib Mikati

MiKati e Blinken estiveram reunidos em Amã, capital da Jordânia, no âmbito de um novo périplo pela região do chefe da diplomacia norte-americana que também se reuniu com ministros dos Negocios Estrangeiros árabes.

Através de um comunicado do seu gabinete, o primeiro-ministro libanês sublinhou o seu apoio ao trabalho da missão de paz das Nações Unidas, mas acentuou que a prioridade é que as forças israelitas ponham termo às suas operações em Gaza e no sul do Líbano onde os ataques cruzados com o Hezbollah são praticamente diários.

Mikati acusou ainda os militares israelitas de utilizarem armas proibidas pelo direito internacional, numa aparente referência às munições de fósforo branco, cuja utilização foi denunciada por organizações de defesa dos direitos humanos.

Antony Blinken, por seu lado, afirmou que Washington está a fazer “tudo o que é possível” para conseguir uma pausa humanitária na Faixa de Gaza embora tenha alertado que os progressos nesta área dependem da resolução da questão dos reféns atualmente nas mãos do Hamas – mais de 240, segundo dados oficiais israelitas.

Entretanto, as forças de defesa israelitas anunciaram hoje novos ataques contra posições do Hezbollah no sul do Líbano visando, entre outros, células que alegadamente tentaram disparar contra o território israelita.

Em concreto apontaram ataques contra “duas células terroristas que tentavam disparar a partir do Líbano” e a destruição de “um posto de observação” do Hezbollah, tendo o exército divulgado um vídeo sobre as ações realizadas nessa frente nas últimas horas.

A 07 de outubro, o Hamas – classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

Últimas de Política Internacional

O Tribunal Constitucional indicou esta terça-feira que não admitiu as candidaturas às eleições presidenciais de Joana Amaral Dias, Ricardo Sousa e José Cardoso.
A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.