PR defende que qualquer atentado contra civis vai contra o direito humanitário

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que basta existir um atentado contra civis para que Israel vá contra o direito humanitário, depois de confrontado por vários manifestantes pró-palestinianos nos jardins de Belém.

© Facebook da Presidência da República

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no meio de uma concentração a favor da Palestina, junto ao Palácio de Belém, quando questionado sobre se existe o risco de um genocídio na Faixa de Gaza.

“Não é preciso ser genocídio, basta ser um atentado contra vítimas inocentes, civis, de qualquer das partes. Isso vai contra o direito humanitário”, afirmou.

O Presidente da República realçou que “ainda não tinha havido qualquer resposta ao ataque e já dizia que tem de se respeitar o direito humanitário”.

“Até dizia mais: uma democracia tem de atuar no quadro da democracia, mesmo em tempos de guerra”, assinalou, após ter sido criticado por diversos manifestantes por ter dito, na sexta-feira, ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal que alguns palestinianos “não deviam ter começado” esta guerra com Israel, aconselhando-os a serem moderados e pacíficos.

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou hoje que “a posição portuguesa é a mesma e será a mesma”.

“Estamos e estaremos firmes, atrás do engenheiro Guterres e da posição que tem tomado, que é a posição das Nações Unidas, que votámos ainda agora na última resolução – em que houve 120 a favor, 47 abstenções e 14 votos contra apenas – em que muitos países da EU, mas Portugal sempre esteve ao lado da posição, que é: há direito a haver um Estado palestiniano”, sublinhou.

As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa surgiram entre os apelos a um cessar-fogo no conflito na Faixa de Gaza por cerca de 200 pessoas, que se concentraram junto ao Palácio de Belém.

Entre as palavras de ordem ouviu-se “Marcelo aprende a história da Palestina”, mas também “não queremos sorrisos, queremos ação imediata”.

Marcelo Rebelo de Sousa confrontou vários dos manifestantes e num momento de maior tensão, após ter ouvido que é “o Presidente de todos os portugueses, não é comentador”, o chefe de Estado reiterou que “Portugal condenou o ato terrorista, mas é a favor da Palestina”.

Quando uma manifestante lhe disse que a conversa com o representante palestiniano na sexta-feira “foi uma falta de diplomacia” e que “esteve mal”, o Presidente da República ripostou que apenas “disse o que Portugal pensa”.

Ainda assim perante a insistência de críticas, garantiu que disse ao diplomata palestiniano que “‘um grupo começou agora’, mas noutras ocasiões outros grupos começaram”.

O Presidente da República considerou que não existe uma radicalização do discurso em Portugal e que a concentração a favor da Palestina foi ordenada e dialogante.

Últimas de Política Nacional

O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, considera "exacerbada" e "doentia" a vontade do Governo em privatizar a TAP, questionando como pode ser Miguel Pinto Luz a liderar o processo.
O candidato presidencial André Ventura admite que não passar a uma segunda volta das eleições de janeiro será uma derrota e que, se lá chegar, será uma batalha difícil, porque estarão “todos contra” si.
O candidato presidencial, e líder do CHEGA, André Ventura escolhe o antigo Presidente da República Ramalho Eanes e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni como exemplos de liderança.
Um Presidente da República tem de fazer tudo para evitar o envio de jovens militares portugueses para a guerra na Ucrânia, disse hoje o candidato presidencial André Ventura, vincando que a Rússia tem de ser derrotada.
A Câmara de Vila Nova de Gaia revelou hoje ter determinado uma auditoria ao projeto Skyline/Centro Cultural e de Congressos, que levou a tribunal o ex-vice-presidente socialista Patrocínio Azevedo, juntamente com mais 15 arguidos, por suspeitas de corrupção.
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito após denúncias de alegadas falsas assinaturas na lista de propositura da candidatura autárquica independente em Boticas, que foi rejeitada pelo tribunal e não foi a eleições.
O Ministério Público acaba de colocar um deputado socialista no centro de mais uma tempestade judicial: Rui Santos, ex-presidente da Câmara de Vila Real e atual deputado do PS, foi formalmente acusado de prevaricação e abuso de poder por alegadamente transformar a empresa municipal Vila Real Social numa peça de xadrez político ao serviço das suas ambições pessoais e partidárias.
A garantia é de Patrícia Almeida, mandatária nacional de André Ventura, deputada à Assembleia da República e militante fundadora do CHEGA. Para a dirigente, o recorde histórico de assinaturas “prova a força real do candidato” e mostra que “o país quer mudança e não teme assumir isso”. Patrícia Almeida assegura que Ventura é “o único capaz de defender os portugueses sem hesitações” e promete uma campanha firme, mobilizadora e “determinada a devolver Portugal aos portugueses”.
O oitavo debate das Presidenciais ficou hoje em suspenso. António José Seguro, candidato e antigo líder socialista, anunciou que não poderá marcar presença esta quinta-feira no duelo com João Cotrim Figueiredo, na RTP1, devido a um agravamento do seu estado de saúde.
No último dia do debate orçamental, André Ventura classificou o Orçamento do Estado como um documento “viciado e sem ambição”, acusando o Governo de manter a velha fórmula que, diz, tem destruído o país: mais impostos, mais burocracia e mais peso sobre quem trabalha.