“O mercado liberalizado de eletricidade, registou, no final do ano passado, um máximo histórico de clientes de 5,5 milhões”, enquanto o “mercado liberalizado do gás ficou ligeiramente abaixo de 1,2 milhões de clientes”, concluiu o regulador, que publicou o Relatório dos Mercados Retalhistas de Eletricidade e de Gás – 2022.
Apesar do máximo registado no mercado liberalizado de eletricidade, assistiu-se, no ano passado, a uma transferência de 100.000 clientes para o mercado regulado.
Já no caso do gás natural, o mercado liberalizado perdeu 154.000 clientes para o regulado.
Segundo a ERSE, os mercados liberalizados de eletricidade e do gás natural representavam 93% e 98% do consumo total e 85% e 76% do total dos clientes, respetivamente.
Em 2022, a EDP manteve a tendência de perda de clientes registada nos últimos anos, detendo, no final do ano, 75% dos clientes do mercado liberalizado na eletricidade e 46% no gás.
Já em termos de consumo, os maiores comercializadores também perderam quota de mercado, sendo que, na eletricidade, a EDP tinha 41% do consumo e, no gás, a Galp concentrava 50%, uma queda de quatro pontos percentuais face ao ano anterior.
No que diz respeito à origem da energia consumida, e apesar do crescente papel das ofertas ditas “verdes”, o regulador observou que, no ano passado, cerca de metade dos comercializadores apresentava um aprovisionamento de eletricidade menos “verde” do que a média do mercado.
No ano em análise, a tarifa social abrangia 804.000 beneficiários na eletricidade e 52.000 no gás natural.
A ERSE destacou ainda que as reclamações e pedidos de informação junto da Unidade de Apoio ao Cliente do regulador apresentaram uma diminuição de cerca de 21%, para perto de 28.000.