A medida, que inclui o confinamento das aves de capoeira, foi tomada “tendo em conta a confirmação de vários focos em explorações agrícolas” e “a dinâmica da infeção nos corredores migratórios e a possibilidade de propagação do vírus através destas aves migratórias”, segundo o decreto, que entra em vigor imediatamente.
O risco epizoótico (que ataca ao mesmo tempo muitos animais da mesma espécie na mesma zona) a que estão expostas as aves de capoeira e outras aves em cativeiro em caso de infeção de aves selvagens por um vírus da gripe aviária de alta patogenicidade é classificado em três categorias: “negligenciável”, “moderado” e “elevado”.
Este risco foi reduzido para “negligenciável” em julho e aumentado para “moderado” no final de novembro, na sequência da deteção de um surto de gripe aviária numa exploração de perus no departamento de Morbihan (oeste), o primeiro caso no outono de 2023 em França.
Antes disso, o país tinha permanecido em risco “elevado” entre novembro de 2022 e abril de 2023.
A gripe aviária, que grassa na Europa, Ásia e em África, levou à eutanásia de dezenas de milhões de aves de capoeira em França nos últimos anos.
De acordo com o último boletim semanal, datado de 28 de novembro, da plataforma francesa de vigilância epidemiológica da saúde animal, foram detetados 77 focos de gripe aviária em aves de capoeira na Europa desde 01 de agosto, principalmente na Hungria e Reino Unido, contra 48 na semana anterior.
Um total de 27 países detetaram a gripe aviária, segundo a mesma fonte.