O ACHISMO do MACHISMO

Frequentemente os homens do CHEGA são ofendidos e as mulheres minimizadas por militarem num partido que é machista, castrador da liberdade das mulheres e da sua intervenção ativa na sociedade.
Sendo esta atitude inaceitável e tornando-se o tema enfadonho, vamos então, de uma vez por todas, analisar e clarificar estas ofensas sem sentido, a que todos os militantes do CHEGA estão sujeitos diariamente.
O CHEGA é um partido de pessoas comuns, Portugueses que vêm de varias áreas da sociedade, logo aqui nos deparamos com o primeiro contrassenso, porque seria o CHEGA mais machista que os outros partidos se é constituído por portugueses como os outros? Será que foram escolhidos “a dedo” os homens machistas para estarem no CHEGA? Claro que só alguém mal-intencionado poderá usar este argumento e só alguém moldado ideologicamente poderá acreditar nele.
Outra analise que se impõe advêm da própria definição de machismo: machismo é “um forte senso de orgulho masculino: uma masculinidade exagerada” (1) não me parece que qualquer mulher se sinta diminuída ou ameaçada com este comportamento dos homens que a rodeiam se os homens têm orgulho na sua masculinidade, as mulheres também têm orgulho na sua feminilidade, ou será que nos irão apelidar de femininistas por sermos femininas? Mais um argumento desconstruído.
Outra definição que encontramos na literatura será: machismo é a “responsabilidade de um homem de prover, proteger e defender sua família” (2). O CHEGA defende a família como célula base de organização da sociedade, o homem sentir-se responsável pela sua família será um comportamento a criticar? Qualquer mulher e mãe se sente no dever de proteger e defender a sua família, ao imputarmos esta responsabilidade também ao homem estamos sim a promover a igualdade de deveres na família e, no meu entender, a promover a igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.
Sejamos claros quando se referem ao CHEGA como um partido machista referem-se a uma organização da sociedade que tem por base um conceito filosófico e social onde a mulher é inferior ao homem, onde o homem em uma relação é o líder e a mulher depende dele para o gozo dos seus direitos como ser humano. Esta sociedade já existiu em Portugal num passado recente, não poderemos esquece-lo, mas com certeza não são os homens do CHEGA que com a sua existência irão reverter a sociedade atual na sociedade Portuguesa dos 40, 50 e 60. Também este argumento cai por terra.
Fica assim esvaziada de conteúdo a adjetivação de machista no que diz respeito à definição.
Analisemos agora no que diz respeito aos comportamentos que definem o machismo mais subtil como o “Manterrupting”, “Mansplaining” e “Bropropriating”.
Todos estes comportamentos se poderão encontrar na sociedade e no relacionamento ente homens e mulheres, o que se considera completamente inaceitável é a tentativa repetida de os colar ao CHEGA!.
As mulheres Portuguesas estão sobre um dos maiores ataques das últimas décadas com políticas que premeiam a sua anulação perante homens que tomam os seus lugares, no desporto, nos concursos de beleza, e até na maternidade.
Nas áreas da violência domestica e dos crimes de abuso sexual as Portuguesas sentem-se completamente desprotegidas com a ineficiência da justiça perante os seus agressores com penas ridículas e com a incapacidade do país de as acolher em caso de perigo.
Por tudo isto é ridículo, ofensivo e principalmente hipócrita, a preocupação dos partidos de centro e de esquerda com o suposto machismo dos homens do CHEGA.
Quanto ao papel da mulher na sociedade ele será, o que cada mulher quiser ser, pois isso sim é que define uma sociedade livre e de oportunidades iguais.

(1) Encyclopædia Britannica, inc. 11 de dezembro de 2015

(2) Morales, Edward. S. Gender roles among Latino gay and bisexual men: Implications for family and couple relationships. In, J. Laird & R. J. Green (Eds.), Lesbians and gays in couples and families: A handbook for therapists. pp. 272-297. San Francisco: Jossey-Bass. 1996.

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