Parlamento da Turquia retoma análise de adesão da Suécia

Os deputados turcos retomaram hoje a análise do protocolo de adesão da Suécia à NATO, devendo aprová-lo antes do Ano Novo em troca de um compromisso norte-americano de venda de aviões de caça F-16.

© Facebook de Recep Tayyip Erdogan

 

A Turquia é o último membro da Aliança Atlântica, juntamente com a Hungria, a bloquear a adesão da Suécia à NATO, através de sucessivas exigências, mas hoje a comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional turca voltou a analisar o tema, que será submetido posteriormente a votação.

A Suécia apresentou o seu pedido de adesão ao mesmo tempo que a Finlândia – que foi admitida em abril – após o início da guerra russa na Ucrânia.

“Estamos a assistir a uma mudança nas políticas da Suécia, depois de algumas decisões adotadas pelos tribunais”, admitiu Fuat Oktay, deputado do AKP (partido no poder) e presidente da comissão de Negócios Estrangeiros do Parlamento turco.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, opôs-se à adesão sueca, desde o início do processo, alegando a conivência de Estocolmo com alguns movimentos curdos que considera terroristas.

A resistência de Erdogan terá sido superada após uma conversa telefónica com o Presidente norte-americano, Joe Biden, este mês, após o qual o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, começou a admitir uma aceleração do processo de ratificação da adesão sueca.

Ainda assim, Erdogan acrescentou como condição para a luz verde de Ancara a ratificação simultânea pelo Congresso dos EUA da venda de aviões de combate F-16 à Turquia.

Já antes, a Turquia já tinha jogado esta ‘carta’ para tentar obter autorização de aquisição de F-16, de que necessita para modernizar a sua Força Aérea.

O governo norte-americano de Biden não se opõe a esta venda, mas o Congresso bloqueou-a até agora por razões políticas, alegando as tensões com a Grécia, país também membro da NATO de que Ancara se tornou recentemente mais próxima.

Últimas de Política Internacional

Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.
Os Estados Unidos impuseram hoje a Lei Magnitsky à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes e ainda à empresa da qual Viviane Barci e os filhos são sócios.