A pedido de vários emails e mensagens que recebi de leitores irei detalhar, com um pouco mais de profundidade e objetividade, como acho que o nosso SNS pode “beber” muito do famigerado Medicare.
Em contraste, o SNS de Portugal é um sistema de saúde público financiado pelos impostos e gerido pelo Estado. Proporciona cuidados de saúde a todos os cidadãos e residentes, independentemente da idade. Os serviços oferecidos incluem consultas médicas, hospitalização, cirurgias e medicamentos.
A acessibilidade ao cuidado é um ponto de comparação crucial. Nos EUA, o acesso ao Medicare é condicionado pela idade. Isso contrasta com o SNS de Portugal, que visa garantir acesso universal aos cuidados de saúde desde o nascimento até a velhice. Errado.
Quanto aos custos, o financiamento do Medicare nos EUA é sustentado por contribuições específicas dos beneficiários ao longo de suas carreiras, enquanto o SNS de Portugal é financiado pelo orçamento geral do Estado. Os EUA têm um dos maiores gastos per capita em saúde do mundo, enquanto Portugal busca otimizar recursos para manter um sistema acessível e eficiente, mas nunca o conseguindo.
Em resumo, o Medicare dos EUA e o SNS de Portugal representam abordagens diferentes para o fornecimento de cuidados de saúde. Enquanto o Medicare se concentra em uma população idosa específica, o SNS busca garantir a universalidade desde o nascimento o que é, aos dias que correm totalmente impossível. Cada sistema enfrenta desafios distintos, mas ambos refletem as prioridades e valores de seus respetivos países em relação à saúde e ao bem-estar dos cidadãos. Espero que tenha ficado mais claro.
O ano de 2023 fecha com expectável e estupida crise política e a caminho de eleições com total responsabilidade do Partido Socialista. Um dos temas centrais do debate tem sido as “contas certas”. Trata-se de um tema que divide quanto à substância e ao propósito. O Partido Chega! sabe perfeitamente que ele representa o eixo central de segurança do país no que se refere à sustentabilidade do seu modelo de estabilidade social, económica e política. Mas para tal acontecer não aceitamos que muitos portugueses morram de fome e passem necessidades. Uma economia forte, dinâmica é condição necessária para que o país se torne competitivo. A melhor forma de sairmos do infindável círculo de pobreza e de baixos salários está na aposta no crescimento forte e sustentado da economia. Apostar nas empresas e diminuir ao sei mínimo possível é prioridade do nosso próximo Governo que esperemos ser de libertação das amarras de Esquerda. Temos de fazer de Portugal a primeira escolha para o desenvolvimento de projetos de vida para os nossos jovens atraindo, ao mesmo tempo, imigração qualificada e decente que traga o que de melhor podem das suas gerações.
Milton Friedman defendia que os intelectuais não se devem preocupar com a popularidade das suas ideias porque, eventualmente, “o politicamente impossível torna-se politicamente inevitável”. Jennifer Burns publicou “Milton Friedman” e ao longo de 592 páginas conta a história das suas ideias.
Na Argentina, a experiência do Presidente e amigo Milei é um exemplo da influência duradoura de Friedman. Bem antes, e quando não se imaginava sequer o sucesso de Milei, Sebastian Edwards escreveu o livro “The Chile Project: The Story of the Chicago Boys and the Downfall of the Neoliberalism”, em que narra a história das reformas de mercado livre implementadas no Chile nos anos 70, debaixo da ditadura de Pinochet. Durante três décadas, e já apoiada numa democracia robusta, a inclinação liberal e capitalista do Chile contribuiu para que o país fosse a economia mais avançada e dinâmica da América do Sul. Talvez toda a América do Sul devesse estudar esta democracia tão madura e prospera como é o Chile, mas, também observasse com muita tenção e pormenor as mudanças para melhor que a Argentina terá nos anos vindouros. Agora: Um excelente 2024