Presidente de Angola diz que há liberdade de imprensa em Angola

O Presidente de Angola João Lourenço considera que o jornalismo angolano “está a cumprir o seu papel” e que há liberdade de imprensa no país, salientando que os privados participam neste setor.

© Facebook João Lourenço

 

Num balanço sobre a sua visita de dois dias a província do Huambo, divulgado hoje na página do Centro de Imprensa da presidência, João Lourenço questionado sobre as interferências no trabalho dos jornalistas, assinalou que o jornalismo angolano “está a crescer e a cumprir com o papel que lhe cabe”.

“No tempo do partido único, o jornalismo praticado naquela altura era bem diferente daquele que é praticado hoje. Hoje existe liberdade de imprensa, não é só o Estado quem é detentor de empresas de comunicação social; o setor privado também está neste nicho de mercado”, afirmou.

Disse ainda que o Estado tem feito grandes investimentos na comunicação social, mas no setor privado são os acionistas que devem fazer os investimentos necessários.

“A comunicação social privada não deixa de ser um negócio – e por sinal rentável, pelo menos noutras partes do mundo -, e aqui não deve ser diferente. Então, os acionistas é que têm de se preocupar em fazer os investimentos que se impõem no seu próprio negócio”, frisou.

A Human Rights Watch apontou no seu relatório mais recente, divulgado esta semana, restrições à liberdade de imprensa e criticou as autoridades pelas leis “draconianas” para reprimir e intimidar jornalistas.

Abordou também o tema do turismo considerando que nem o mau estado das estradas nem a desvalorização da moeda constituem impedimentos.

“Nós já fizemos turismo em outros países e andámos em estradas esburacadas. Há turistas que preferem ficar na praia, há turistas que preferem ficar nas grandes cidades, em hotéis de cinco estrelas, mas também há turistas que gostam de apanhar poeira, chuva, lama. Portanto, o estado das picadas acaba até por ser desafiador. Para o turista que gosta de aventura, o estado das vias, das picadas e das estradas de terra batida, não constitui problema”, salientou o chefe de Estado angolano.

Quanto à desvalorização do kwanza, que sofreu uma acentuada queda no ano passado, João Lourenço disse que “não há nenhuma moeda no mundo que é 100 por cento estável”.

“Já lá vai o tempo do socialismo, em que alguns países tinham uma taxa de câmbio fixa. Eram taxas de câmbio que não eram realistas. Angola foi um dos casos”, prosseguiu o Presidente, acrescentando que a taxa de câmbio fixa que se praticou durante décadas em Angola também não era boa para a economia.

“Não vale a pena pensarmos que, neste exato momento em que o kwanza está mais fraco em relação ao dólar, que seja uma desgraça para a economia de Angola, nem é impedimento para que os turistas passem a vir para Angola”, considerou.

Lembrou que, no que diz respeito ao turismo, as responsabilidades são repartidas entre o Estado e os privados, pertencendo ao executivo decisões como a isenção de vistos para 98 países, tomada no ano passado, e ao setor privado a decisão dos investimentos.

Falou ainda sobre a formação e a educação, apontando o papel das igrejas nas instituições de ensino, que considerou como “verdadeiros parceiros do Estado”.

Últimas do Mundo

A autoridade da concorrência italiana aplicou esta terça-feira uma multa de 255,8 milhões de euros à companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair por abuso de posição dominante, considerando que impediu a compra de voos pelas agências de viagens.
A Amazon anunciou ter bloqueado mais de 1.800 candidaturas suspeitas de estarem ligadas à Coreia do Norte, quando crescem acusações de que Pyongyang utiliza profissionais de informática para contornar sanções e financiar o programa de armamento.
Os presumíveis autores do ataque terrorista de 14 de dezembro em Sydney lançaram explosivos que não chegaram a detonar durante o ataque na praia de Bondi, onde morreram 16 pessoas, incluindo um dos agressores, segundo documentos revelados hoje.
Milhares de pessoas traficadas para centros de burlas no Sudeste Asiático sofrem tortura e são forçados a enganar outras em todo o mundo, numa indústria multimilionária de escravidão moderna. À Lusa, sobreviventes e associações testemunharam a violência.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou para o aumento das infeções sexualmente transmissíveis entre jovens, particularmente a gonorreia, e defendeu que a educação sobre esta matéria em contexto escolar é crucial.
A Polícia Judiciária (PJ) está a colaborar com a investigação norte-americana ao homicídio do físico português Nuno Loureiro, estando em contacto com as autoridades e “a prestar todo o suporte necessário às investigações em curso”.
Uma celebração judaica transformou-se num cenário de terror na praia de Bondi, em Sydney. Pai e filho abriram fogo sobre centenas de pessoas, provocando pelo menos 15 mortos e mais de 40 feridos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje que uma em cada dez crianças no mundo vai precisar de ajuda no próximo ano, com o Sudão e Gaza a registarem as piores emergências infantis.
Um avião da companhia aérea britânica Jet2, que voava entre Londres e Fuertventura, nas ilhas Canárias, declarou hoje emergência e aterrou em segurança no Aeroporto Gago Coutinho, em Faro, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
A polícia australiana apresentou hoje 59 acusações contra Naveed Akram, de 24 anos, incluindo 15 por homicídio e uma por terrorismo, pelo suposto envolvimento no ataque contra uma celebração judaica ocorrido no domingo numa praia perto de Sydney.