Reivindicações dos polícias terão de esperar pelo próximo Governo

As reivindicações dos polícias por aumentos salariais terão de esperar pelo próximo Governo, uma vez que o atual está em gestão e sem legitimidade para iniciar negociações sindicais, disse hoje a ministra da Presidência.

© Folha Nacional

 

“Um Governo em gestão não tem o mandato, nem a capacidade de ter uma negociação sindical ou de aprovar medidas em matéria de carreiras. Esse é um dos temas que está claramente fora de um contexto de um Governo em gestão”, disse Mariana Vieira da Silva, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

Por isso, explicou a ministra, “é preciso aguardar que um novo Governo possa atender e dialogar com todos aqueles que entendem que devem ter a sua carreira melhorada”.

A ministra foi questionada se ainda é possível o atual Governo negociar com os sindicatos da PSP e associações da GNR e sobre os protestos dos polícias que duram há mais de uma semana por melhores condições de trabalho e salariais, exigindo um suplemento de missão idêntico ao atribuído aos inspetores da Polícia Judiciária.

A governante frisou que “todos têm direito às reivindicações e manifestações, nos termos da lei”, mas ressalvou que “o Governo não está neste momento em condições de fazer uma negociação sindical”, tendo se ser o próximo Executivo a responder às reivindicações dos polícias.

“Não é o tempo de iniciar negociação sindicais, nem o Governo tem essa legitimidade”, precisou, recordando que o Governo tinha em curso um conjunto de revisão de carreiras da administração pública e que foram aprovados enquanto estava em plenitude de funções.

Os protestos começaram por iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, e estão a mobilizar cada vez mais elementos da PSP e GNR em todo país, sendo as iniciativas organizadas através de redes sociais, como Facebook e Telegram.

Entre outros protestos, a plataforma dos sete sindicatos da PSP e quatro associações da GNR marcou manifestações para 24 de janeiro, em Lisboa, e 31 de janeiro, no Porto.

A contestação dos elementos da PSP e da GNR teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ.

Últimas de Política Nacional

Afonso Camões apresentou esta terça-feira a demissão do cargo de mandatário distrital da candidatura de Henrique Gouveia e Melo, justificando a decisão com a necessidade de evitar “embaraços” ao ex-chefe da Marinha na corrida a Belém.
Portugal arrecadou 5,9 mil milhões de euros em impostos ambientais em 2024, alcançando o valor mais elevado de sempre e um crescimento de 4,2% face a 2023.
A sondagem ICS/ISCTE mostra Ventura a liderar nos atributos “líder forte” (22%) e “preocupação com as pessoas” (19%), superando os restantes candidatos.
Todos os autarcas do PSD que integraram o executivo da Junta de Freguesia de Fátima no mandato de 2017-2021 foram constituídos arguidos no âmbito do processo relativo às obras da Casa Mortuária de Fátima, estando acusados do crime de peculato.
O partido CHEGA alertou para os "graves prejuízos" causados pelo vírus da língua azul nas explorações de ovinos no Alentejo e questionou o Governo sobre medidas para travar a doença e apoios aos criadores.
Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS e presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, criticou duramente o Governo, afirmando sentir “embaraço” por ter votado AD.
As subvenções vitalícias atribuídas a antigos responsáveis políticos e ex-juízes do Tribunal Constitucional deverão representar um encargo de 10,57 milhões de euros em 2026, valor que traduz uma subida próxima de 19% face aos 8,9 milhões orçamentados para 2025. Trata-se da despesa mais elevada desde 2019.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país. Em entrevista com Pedro Santana Lopes, no programa Perceções e Realidades do NOW, o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA afirmou já estar habituado a enfrentar “todos contra nós”.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje, depois de visitar Marcelo Rebelo de Sousa no Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de Estado foi operado, que não o vai substituir no cargo.
O Ministério Público questionou a alegada deslocação do antigo primeiro-ministro José Sócrates aos Emirados Árabes Unidos, admitindo que a viagem, a ter acontecido, poderá fazer parte de um plano de fuga e que as medidas de coação podem mudar.