Papa evoca memória do Holocausto contra “lógica do ódio e da violência”

O Papa Francisco pediu hoje que a memória do Holocausto ajude a "não esquecer que a lógica do ódio e da violência nunca pode ser justificada", num apelo feito após a audiência semanal no Vaticano.

© D.R.

“No próximo sábado, 27 de janeiro, é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto”, disse Francisco no final da sua audiência geral semanal.

“Que a lembrança e a condenação do horrível extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões na primeira metade do século passado ajudem todos a não esquecer que a lógica do ódio e da violência nunca pode ser justificada, porque negam a nossa própria humanidade”, afirmou o Papa.

“A própria guerra é uma negação da humanidade”, referiu o Francisco.

O Papa apelou para “que não nos cansemos de rezar pela paz, pelo fim dos conflitos, pelo fim das armas e para que a ajuda chegue às populações (…)” atingidas pelos conflitos, recordando a situação no Médio Oriente, em Israel e na Palestina.

Francisco também fez referência às “notícias perturbadoras vindas da martirizada Ucrânia” e condenou “os bombardeamentos que atingiram locais frequentados por civis, semeando morte, destruição, sofrimento”.

Francisco também implorou a “todos, especialmente aqueles com responsabilidades políticas, que valorizem a vida humana, acabando com as guerras”.

“Não esqueçamos que a guerra é sempre uma derrota em que só ganham os fabricantes de armas”, afirmou o Papa.

O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, disse hoje que não havia justificação para o aumento do antissemitismo que está a acontecer desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa Gaza, em 07 de outubro.

“Devemos ser muito firmes contra toda forma de antissemitismo, que, infelizmente, está a ressurgir”, disse Parolin.

“Não existe nada que justifique tal fenómeno”, sublinhou o secretário de Estado do Vaticano.

“Os argumentos dos palestinianos devem ser reconhecidos. É lamentável que a solução de dois Estados não tenha sido aceite. Mas isto não justifica, de forma alguma, uma tendência antissemita”, afirmou ainda Parolin.

Últimas do Mundo

A polícia australiana considerou um “ato terrorista” contra a comunidade judaica o ataque com tiros na praia de Bondi, Sydney, que causou pelo menos 12 mortos.
Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas com gravidade num tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, nos Estados Unidos, informou o presidente da câmara de Providence.
Mais de 40% do território espanhol está num processo de degradação devido à atividade humana que pode conduzir a desertificação, segundo o primeiro "Atlas da Desertificação em Espanha", elaborado por cientistas de diversas universidades e publicado recentemente.
O número de vítimas das inundações e deslizamentos de terra que atingiram a Indonésia subiu para 1.003 mortos e 218 desaparecidos, anunciou hoje a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).