Borrell quer posição comum dos países da UE sobre apoio à ONU na Palestina

O alto-representante para os Negócios Estrangeiros considerou hoje que haver três abordagens distintas entre os países da União Europeia (UE) sobre as doações à agência das Nações Unidas para os palestinianos enfraquece o bloco comunitário.

© Facebook de Josep Borrell

 

“Vamos discutir como é que podemos agir de uma maneira coordenada. Alguns Estados-membros reagiram aumentando o apoio à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), não cortaram, aumentaram! Outros disseram que continuariam a apoiá-la mas que iam aguardar para ver [as conclusões do inquérito] e outros cortaram”, disse Josep Borrell à entrada para uma reunião informal de ministros com a pasta da diplomacia, em Bruxelas.

Portugal foi um dos países da UE que decidiu apoiar a organização com mais um milhão de euros, anunciou na noite de sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho.

“Estas abordagens distintas para um problema que é crítico não são boas para a União Europeia. Precisamos de uma posição comum e vou discuti-la hoje”, completou o alto-representante para os Negócios Estrangeiros.

Josep Borrell criticou a postura de Israel na incursão militar que começou em outubro na Faixa de Gaza, por encaminhar a população palestiniana para zonas alegadamente seguras, mas estar a bombardear indiscriminadamente o território.

Alemanha e França estão entre os países da UE que anunciaram a suspensão das contribuições para a UNRWA.

Em causa estão alegações feitas por Israel de que funcionários daquela agência das Nações Unidas participaram no atentado de 07 de outubro, perpetrado pelo movimento islamista Hamas.

Na sexta-feira, João Gomes Cravinho disse que Portugal decidiu aumentar as contribuições pela importância que a agência tem para a população palestiniana e porque é uma organização que tem mais de 13.000 funcionários, pedindo a separação “do trigo e do joio”.

O ministro português disse que ia abordar o assunto na reunião informal de hoje.

Últimas de Política Internacional

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje uma reformulação das empresas estatais de energia, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um escândalo de corrupção há vários dias.
A China vai proibir, temporariamente, a navegação em parte do Mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para realizar exercícios militares, anunciou a Administração de Segurança Marítima (MSA).
A Venezuela tem 882 pessoas detidas por motivos políticos, incluindo cinco portugueses que têm também nacionalidade venezuelana, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Fórum Penal (FP).
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.