Professores vão estar na rua durante campanha das legislativas

Os professores vão estar na rua durante a campanha eleitoral das legislativas para dar visibilidade às reivindicações dos docentes para a próxima legislatura, anunciou hoje a Federação Nacional dos Professores (FENPROF).

© Facebook FENPROF

Em conferência de imprensa, o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, detalhou as três ações previstas até às eleições legislativas de 10 de março.

A ação de rua “Professores na campanha” vai decorrer nos dez dias úteis da campanha eleitoral para as legislativas em todas as capitais de distrito e regiões autónomas.

De norte para sul, em dois distritos por dia, sempre às 10h e às 15h, os professores vão concentrar-se em plenários e fazer circular quatro petições (que já reúnem as assinaturas necessárias para serem discutidas na próxima legislatura): sobre carreiras, precariedade, condições de trabalho e aposentações.

Antes da ação “Professores na campanha”, a federação de professores vai realizar, no dia 14, em Coimbra, uma conferência de imprensa com docentes impedidos de concorrer ao regime de mobilidade por doença.

No dia 19, haverá concentrações em todas as cidades com tribunais administrativos para instar o Governo a resolver politicamente a reintegração dos professores na Caixa Geral de Aposentações, sem que seja necessário avançar com ações judiciais (que os professores têm vencido).

Em reuniões internas desde o dia 01, os sindicatos da FENPROF aprovaram uma posição sobre as eleições legislativas de 10 de março, na qual consideram “desejável” que não haja uma maioria absoluta e consideram “muito negativo” um eventual crescimento da direita radical.

Nesse contexto, apelam aos professores para se inteirarem dos programas eleitorais e anotarem as promessas dos partidos. “Convém ver as letras pequeninas”, alertou Mário Nogueira.

Os sindicatos da federação aprovaram ainda o caderno reivindicativo para entregar aos partidos políticos, que fixa objetivos além da recuperação do tempo de serviço.

A valorização da profissão, o reforço dos recursos da escola pública e o aumento do financiamento público da educação são as grandes linhas do documento, no qual a FENPROF volta a propor um “protocolo negocial” a ser firmado com “a próxima equipa do Ministério da Educação”, válido para toda a legislatura.

Para a federação, a valorização dos docentes passa por recompor a carreira, atualizar os salários, eliminar a precariedade, regularizar os horários, criar regimes específicos de aposentação e de mobilidade por doença e assegurar o respeito pelos direitos sindicais.

Simultaneamente, a FENPROF propõe reverter a municipalização das escolas e “democratizar” a sua gestão, acabando com os mega-agrupamentos, bem como reforçar a autoridade do docentes, “criando condições para combater a indisciplina, evitar a violência e elevar o prestígio social” dos professores.

No documento, a federação recorda que o investimento na educação está longe de atingir os seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB) recomendados pelas organizações internacionais.

O “subfinanciamento (…) está a tornar-se crónico e (…) poderá pôr em causa a escola pública no prazo de dez anos”, antecipa.

Nas quatro reuniões já realizadas – com BE, PCP, PAN e Livre –, as propostas foram bem acolhidas, adiantou Mário Nogueira, em resposta à Lusa.

“Estes quatro partidos têm apresentado propostas para dar resposta a muitos dos problemas dos professores”, assinalou, frisando que “a educação tem de estar no topo das prioridades do próximo Governo”.

Últimas do País

A Câmara de Tavira, no distrito de Faro, vai instalar um sistema de videovigilância para reforçar a segurança pública na zona histórica da cidade, um meio auxiliar para a prevenção e combate à criminalidade, foi hoje anunciado.
O Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, nomeou António de Carvalho Capela, de 32 anos, para o cargo de adjunto político principal, uma função inédita na atual estrutura governativa. A informação foi avançada esta sexta-feira pelo Correio da Manhã (CM).
A PSP registou no primeiro semestre deste ano 2521 furtos a casas, menos 103 do que em igual período de 2024, tendo ainda realizado 66 detenções, anunciou hoje a força de segurança.
A Fenprof estima que haja cerca de 93 mil alunos sem professores, segundo uma conta feita hoje aos pedidos das escolas, alertando que os docentes ainda disponíveis para ocupar as vagas podem não ser os procurados pelas escolas.
Um grupo de cidadãos voltou a levar ao Parlamento português o pedido para que a licença parental seja alargada para seis meses e paga a 100% do salário. A iniciativa surge após várias discussões públicas sobre a necessidade de apoiar os pais e mães nos primeiros meses de vida dos filhos, garantindo igualdade de oportunidades e tempo de qualidade com os recém-nascidos.
A PSP registou no primeiro semestre deste ano 2521 furtos a casas, menos 103 do que em igual período de 2024, tendo ainda realizado 66 detenções, anunciou hoje a força de segurança.
“Se o meu avô fosse vivo e visse o estado em que está Almada… morria de desgosto”. Foi desta forma que uma comerciante de Almada começou por dar o seu testemunho ao Folha Nacional.
O homem que matou a ex-namorada com dois tiros de caçadeira em julho de 2024 na loja onde ela trabalhava, no Porto, foi hoje condenado a 22 anos e seis meses de prisão.
A Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) pediu hoje uma reunião à ministra da Administração Interna, considerando que é "muito urgente" resolver o problema do cálculo da pensão de reforma dos militares da GNR.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) afirmou hoje, em audição parlamentar, que o ano letivo começou com 6.000 alunos do 1.º Ciclo sem professor, que provavelmente vão ser distribuídos por outras turmas.