Irão acusa EUA e Reino Unido de fomentarem o caos no Médio Oriente

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano acusou hoje os Estados Unidos e o Reino Unido de fomentarem o caos no Médio Oriente, após os últimos ataques que realizaram no Iémen, que Teerão qualificou como uma violação da soberania iemenita.

© D.R.

“Os Estados Unidos e o Reino Unido, com as suas ações militares na região, estão a alimentar o caos, a desordem, a insegurança e a instabilidade com o objetivo de criar um alívio para este regime criminoso [Israel] acusado de genocídio dos palestinianos”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, num comunicado.

O diplomata classificou os ataques conjuntos de Washington e Londres no sábado – apoiados pela Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Países Baixos e Nova Zelândia – como uma “violação repetida da soberania e integridade territorial do Iémen e uma violação flagrante do direito internacional”.

Kanani considerou que estes ataques na região “contradizem as repetidas alegações de Washington e Londres de não quererem que a guerra e o conflito se expandam na região” como consequência da guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, onde já morreram mais de 27 mil pessoas.

Os ataques de sábado são a terceira operação conjunta dos EUA e do Reino Unido desde que ambos os países atacaram o Iémen pela primeira vez, em 12 de janeiro, embora Washington tenha realizado vários bombardeamentos nas últimas semanas contra pontos de lançamento de mísseis e ‘drones’ dos Huthis.

A nova campanha contra o Iémen acontece um dia depois de os EUA bombardearem posições de milícias pró-Irão no Iraque e na Síria, ataques que segundo o Governo iraquiano e a organização não-governamental (ONG) Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) deixaram 45 mortos nos dois países.

O Irão classificou estes ataques como “um erro estratégico do Governo dos EUA” e alertou que apenas aumentarão a tensão na região do Médio Oriente.

Teerão lidera o chamado Eixo da Resistência, uma aliança frouxa composta por organizações rebeldes como o Hezbollah, os Huthis, o movimento islamita Hamas, a Jihad Islâmica e milícias no Iraque, entre outros grupos.

Últimas do Mundo

A missa de inauguração do pontificado de Leão XIV realiza-se a 18 de maio, anunciou hoje o Vaticano, devendo a cerimónia contar com a presença de delegações e chefes de Estado de todo o mundo.
O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de Chicago, foi hoje eleito papa pelos 133 cardeais reunidos em Roma e assumiu o nome de Leão XIV.
Fumo negro saiu hoje da chaminé do Vaticano às 21:01 (20:01 em Lisboa) para indicar que os 133 cardeais eleitores, reunidos em conclave desde as 15:30 (16:30), não chegaram a consenso sobre o próximo papa.
Quinze dos 133 cardeais que vão estar a partir de hoje reunidos em conclave, em Roma, para eleger o sucessor do Papa Francisco, já estiveram no Santuário de Fátima a presidir a grandes peregrinações.
O primeiro sinal de fumo do conclave papal deverá sair da Capela Sistina a partir das 19:00 de quarta-feira (18:00 hora de Portugal continental), anunciou hoje o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
Os jovens do Reino Unido entre 11 e 19 anos com problemas de saúde mental declararam passar mais tempo nas redes sociais do que os que não têm problemas, segundo um estudo divulgado hoje na revista Nature Human Behavior.
O número de reclusos na União Europeia (UE) teve, em 2023, um aumento anual de 3,2%, com a taxa de ocupação média das prisões abaixo de 100%, divulgou hoje o Eurostat.
O tráfego aéreo de passageiros na Europa avançou 4,3% no primeiro trimestre face ao período homólogo de 2024 e já está 3,2% acima dos níveis pré-pandemia, anunciou hoje a divisão europeia do Airports Council International (ACI Europe).
As autoridades espanholas detetaram uma terceira perda de geração de eletricidade no sul do país 19 segundos antes do apagão da semana passada, revelou hoje a ministra com a tutela da energia, Sara Aagasen.
O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro anunciou que terá alta hospitalar hoje, depois de três semanas internado após uma operação para desobstruir o intestino.