Netanyahu confirma próxima incursão militar em Rafah

O primeiro-ministro de Israel confirmou a entrada próxima das forças militares na cidade de Rafah, último refúgio de centenas de milhares de palestinianos deslocados à força na Faixa de Gaza, para acabar com “os batalhões que restam do Hamas”.

© Facebook de Benjamin Netanyahu

 

Benjamin Netanyahu assegurou-o numa entrevista à cadeia norte-americana ABC, que será emitida hoje e da qual foram já adiantados alguns excertos.

“Vamos fazê-lo. Vamos acabar com os batalhões terroristas que restam em Rafah, que é o seu último bastião”, afirmou o primeiro-ministro israelita.

O governante insistiu ainda que a população civil de Rafah tem de “abandonar” a zona. Apesar de governos e ONG internacionais terem avisado que os palestinianos já não têm para onde ir e que qualquer processo de saída será uma nova deslocalização forçada para qualquer lugar, Netanyahu, como já fizera na sexta-feira num primeiro anúncio, insistiu na ideia, sem dar detalhes sobre o destino da população.

“Vamos fazê-lo, enquanto abrimos caminho seguro à população para que saia”, indicou o primeiro-ministro antes de assegurar que o Governo está a trabalhar num “plano detalhado”.

“Parte do nosso esforço de guerra é impedir que os civis fiquem feridos. Parte do esforço de guerra do Hamas é que acabem assim”, declarou.

O Exército israelita prossegue, entretanto, a ofensiva contra o Hamas no oeste da cidade de Khan Yunis, em Gaza, onde matou nas últimas horas pelo menos dois combatentes do grupo islamita e destruiu infraestruturas usadas pelo Hamas, segundo um comunicado.

Na nota, assegura-se que as tropas israelitas também continuam a fazer operações em zonas do centro e norte da Faixa.

“As tropas do Exército continuam a eliminar terroristas e a realizar incursões seletivas no oeste de Khan Yunis. Ao mesmo tempo, as tropas levaram a cabo incursões seletivas no centro e norte de Gaza”, lê-se na informação, segundo a qual as forças navais do Exército também atacaram vários objetivos, em apoio às tropas terrestres.

Segundo o comunicado, no centro de Gaza mataram dois militantes do Hamas que haviam atacado as forças israelitas com dois foguetes anti-tanque, sem precisar se desse ataque houve baixas entre as fileiras israelitas.

Ao mesmo tempo, o Exército lançou vários ataques aéreos, entre os quais, um contra um armazém de armas do Hamas.

No oeste de Khan Yunis, principal bastião do Hamas no sul de Gaza, o Exército israelita também matou um número indeterminado de alegados combatentes, atacou infraestruturas do grupo palestiniano e descobriu nesta zona outros quatro armazéns de armas.

Israel considera que os combates em Khan Yunis estão longe de terminar.

O chefe do Estado Maior das denominadas Forças de Defesa de Israel (FDI), o tenente general Herzi Halevi, visitou no sábado Khan Yunes, onde disse que a luta estava longe de terminar.

“Ainda não terminamos os combates em Khan Yunis, estamos longe de os terminar e conduzimo-los, até agora, com grande êxito”, disse Halevi, citado noutro comunicado castrense difundido durante a noite.

Segundo Halevi, o Exército matou em Khan Yunis cerca de 1.200 combatentes palestinianos, em confrontos corpo a corpo e entre 1.200 a 1.300 em ataques aéreos.

“A Brigada (do Hamas) de Khan Yunis está a perder capacidades, o que é muito importante. Muitos comandantes foram assassinados, queremos eliminar mais e também mais comandantes de alta patente”, acrescentou o militar.

O Exército também informou que foram entregues 20 tanques de oxigénio e equipamento médico ao hospital Al Amal de Khan Yunis, onde o Exército israelita penetrou há dias, após quase três semanas de cerco militar.

Últimas do Mundo

A ação, hoje anunciada pela Europol, decorreu na quinta-feira, no âmbito do Dia da Referenciação, e abrangeu Portugal, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Reino Unido.
Os Estados Unidos anunciaram hoje a chegada ao mar das Caraíbas do seu porta-aviões USS Gerald Ford, oficialmente no âmbito de operações de combate ao narcotráfico, mas que ocorre em plena escalada das tensões com a Venezuela.
Milhares de filipinos reuniram-se hoje em Manila para iniciar uma manifestação de três dias anticorrupção, enquanto a Justiça investiga um alegado desvio de milhões de dólares destinados a infraestruturas inexistentes ou defeituosas para responder a desastres.
Várias pessoas morreram hoje no centro da capital sueca, Estocolmo, atropeladas por um autocarro num incidente que provocou também vários feridos, afirmou a polícia sueca em comunicado.
A liberdade na Internet em Angola e no Brasil continuou sob pressão devido a restrições legais, à repressão à liberdade de expressão e a campanhas para manipular narrativas políticas, segundo um estudo publicado hoje.
Os Estados Unidos adiaram hoje, pela segunda vez, o lançamento de dois satélites que vão estudar a interação entre o vento solar e o campo magnético de Marte, proporcionando informação crucial para futuras viagens tripuladas ao planeta.
Após os ataques em Magdeburgo e Berlim, os icónicos mercados de Natal alemães estão sob alerta máximo. O governo impôs medidas antiterrorismo rigorosas e custos milionários, deixando cidades e organizadores em colapso financeiro.
Um relatório do Ministério do Interior alemão revela que suspeitos sírios estão associados a mais de 135 mil crimes em menos de uma década. A AfD aponta o dedo ao governo de Olaf Scholz e exige deportações imediatas.
O aumento da temperatura global vai ultrapassar o objetivo de 1,5 graus centígrados no máximo numa década em todos os cenários contemplados pela Agência Internacional de Energia (AIE), relatório anual de perspetivas energéticas globais, hoje publicado.
A Ryanair deve abster-se de impedir o embarque de passageiros, com reserva confirmada, que não sejam portadores do cartão digital, bem como de impor taxas pela utilização do cartão físico, determinou a ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil.