“A questão de saber se a Ucrânia vai perder, se a situação vai ser muito difícil e se vai haver um grande número de baixas depende de vós, dos nossos parceiros, do mundo ocidental”, disse Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa realizada em Kiev, por ocasião do segundo aniversário do conflito.
“Se formos fortes, com armas, não perderemos esta guerra”, precisou.
O chefe de Estado mostrou-se otimista quanto à possibilidade de o Congresso dos Estados Unidos da América aprovar um pacote de ajuda de 60 mil milhões de dólares, atualmente bloqueado pelos membros republicanos da Câmara dos Representantes.
“Estou certo de que a votação será positiva”, afirmou.
Zelensky afirmou ainda que 31.000 soldados ucranianos foram mortos na guerra com a Rússia, dando pela primeira vez conta das perdas militares da Ucrânia.
“Trinta e um mil soldados ucranianos morreram nesta guerra. Não são 300 mil, nem 150 mil, como dizem Putin e o seu círculo de mentirosos. Mas cada uma destas perdas é uma grande perda para nós”, afirmou.
Kiev e Moscovo recusam-se normalmente a comunicar as respetivas perdas militares.
A ofensiva militar russa no território ucraniano foi lançada em 24 de fevereiro de 2022 para alegadamente defender os territórios pró-russos e eliminar um suposto nazismo no país vizinho.
A guerra mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
O conflito – que entra agora no terceiro ano – provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.