Vitória de AV, Derrota de AV

© Folha Nacional

Ainda no rescaldo da noite eleitoral de ontem, com o excelente desempenho de presidente da Secção de voto 29, auxiliado por um vice competente e duas jovens que exerceram a função principal de escrutinadores, com a falha de um elemento. Estivemos desde as 7 da manhã no desempenho da nossa função cívica de colaborar na Junta de Freguesia de Santo dos Olivais, com a entrega dos resultados sem falhas pelas 20:30. Cansativo mas compensador.

Sem ouvir nem ver televisão, nem comentadores, apenas ouvi na fila de entrega os primeiros resultados. Ficando, com poucos comentários para mim, quando ouvi as previsões à boca das urnas, para o nosso partido CHega.

Fiquei, quase eufórico, mas ainda dentro da Escola Avelar Brotero, não exteriorizei qualquer reação humana mais forte.

Mas os pensamento surgiram na antevisão politica, no seguimento do passado recente que o Grande Líder André Ventura, AV, nos tem brindado com as suas inatas capacidadade lutar, dar esperança, combater e sentir que venceremos como um partido em franco crescimento, a nível Nacional e sem retorno ou retrocesso para as linhas vermelhas que agora serão verdes pela nossa luta, assim como o “não é não” de sabor amargo, na visão pouco inclusiva de um partido de direita, mas com complexos de esquerda, que por isso nem se aproximou de uma vitória que esperava, mas teve de engolir a esmagadora vitória de AV.

Porém, surgiu outro AV. Acabo de explicar quem é o primeiro AV, de vitória, passo a explicar quem é o AV de derrota.

A coincidência pode deixar alguma dúvida, mas o que de facto eu senti, no decorrer da anterior vitória de AV, senti quase de imediato a derrota do Anti Ventura, AV. Esta derrota de Anti Ventura, AV, ficou bem visível e inequívoca pelo dissabor que terão de enfrentar, ouvir e justificar, nos 18,01% de votação, 48 deputados eleitos,  mais de 1 milhão de eleitores que representam.

Mas como se não bastasse, ainda estes Anti Ventura, AV, tem de se redimir das suas aberrações de linhas vermelhas, de xenofobias criadas, de rejeição e limitações impostas porque, a batuta da esquerda parecia não deixar de definir quem pode e deve participar na democracia, quem pode e deve ser ouvido, que partidos são democratas e que partido deve ser excluído porque nós queremos e lutamos contra. Em democracia, existe a opinião diversa, o partido diferente, e até o oposto, não pode deixar de haver a tal liberdade, de opinião dita, escrita e comentada que todos devem respeitar discordando. Chegados aqui, constatamos e até ficamos orgulhosos porque, hoje esses limites, se impostos, seriam limitadores de mais de um quinto da nossa população, mais de um milhão de seres que não poderiam ser livres em liberdade e democracia política e partidária. Hoje, é com esta realidade, que não parará por aqui, já vemos alguns rapazes a engasgarem-se pelo que disseram, pelo que hoje tem de emendar e pelo que amanhã não poderão repetir de forma tão pouco inclusiva destes portugueses que votam e constituem o partido Chega.

Como é bom estarmos, hoje a ouvir constantemente falar do Chega, até já sem lhes ser perguntado. Porque será? O que mudou?  O que os acordou ? será o ruído dos mais de um milhão de portugueses ? ou ainda há quem tenha a coragem de os cercar, silenciar ?

Artigos do mesmo autor

Cantava-se nas Igrejas, num tom melodioso que encantava, unia e fazia bem à alma de quem assistia a esta parte da missa, depois das ladainhas e do levanta e senta. O refrão era: “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”. Era muito agradável repetir este refrão, pois deixava-nos a pensar em coisas boas da vida, […]

Nem queria acreditar, ao ter conhecimento que o senhor Ministro dos “Negócios” Estrangeiros tinha convidado o excelso Presidente do Brasil a visitar Portugal. O que me deixou satisfeito a nível de visita de estado, mas fiquei estarrecido pela grosseria, ou talvez não, de o convidar para discursar na cerimónia comemorativa do 25 de Abril na […]

“Partidos dali, houveram vista daquele grande e notável cabo, ao qual por causa dos perigos e tormentas em o dobrar lhe puseram o nome de Tormentoso, mas el-rei D. João II lhe chamou Cabo da Boa Esperança, por aquilo que prometia para o descobrimento da Índia tão desejada”. Contrariamente a Dom João II, este governo […]