“A questão é: o Hamas irá aceitá-lo? O Hamas quer acabar com o sofrimento que causa?”, questionou o chefe da diplomacia norte-americana, durante uma conferência de imprensa.
Blinken acrescentou que Washington está a trabalhar intensamente todos os dias com o Qatar e o Egito para fechar um acordo que possa libertar os reféns, bem como para uma ajuda sustentável a longo prazo para o enclave.
O governante norte-americano também instou Israel a abrir “tantos pontos de acesso quanto possível” para fornecer ajuda à população.
“O corredor marítimo não substitui as rotas terrestres, que continuam a ser as mais críticas”, lembrou.
O Comando Central dos Estados Unidos no Médio Oriente (Centcom) anunciou hoje um novo lançamento aéreo de assistência humanitária no norte de Gaza, “para fornecer ajuda aos civis afetados pelo conflito em curso”.
“A operação conjunta incluiu duas aeronaves C-130 e um C-17 Globemaster III da Força Aérea dos Estados Unidos e soldados do Exército especializados na entrega aérea de suprimentos de assistência humanitária”, explicou, num comunicado na rede social X.
Especificamente, os aviões dos EUA lançaram mais de 35.700 pacotes de alimentos e cerca de 28.800 garrafas de água.
“Esta foi a primeira vez que um C-17 foi usado para entregar ajuda desde que o lançamento aéreo começou em 02 de março”, sublinhou ainda.
Blinken indicou ainda que conversou na terça-feira com familiares de Itay Chen, depois de o Exército israelita ter relatado a morte do jovem de 19 anos, contabilizado como um dos reféns levados para a Faixa de Gaza em 07 de outubro, e que foi morto nesse dia e o seu corpo continua retido pelo Hamas.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 31 mil mortos e mais de 73.000 feridos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.
Desde então, outras 420 pessoas terão sido mortas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental pelas forças de segurança e por ataques de colonos israelitas.
A ONU denunciou hoje que o número de crianças mortas pelos bombardeamentos em Gaza é superior ao número de crianças mortas em todas as guerras dos últimos quatro anos.