Melhores resultados do CHEGA em cidades com muitos ciganos e imigrantes

A noite eleitoral do último domingo, dia 10 de março, revelou-se uma enorme vitória para o CHEGA. O Partido de André Ventura passou de 12 deputados – eleitos em 2022 – para 48 deputados, um número que poderá ainda subir até aos 50, uma vez que faltam apurar os resultados eleitorais dos círculos da emigração.

© Folha Nacional

Ao longo da semana, a imprensa nacional dedicou-se a analisar os resultados obtidos pelo CHEGA que consolidou, sem sombra para dúvidas, o terceiro lugar na hierarquia política nacional, e chegou a algumas conclusões que mostram que os problemas apontados pelo partido de André Ventura efetivamente existem.

Segundo os dados do Relatório Estatístico Anual – Indicadores de Integração de Imigrantes 2023, “voltaram a identificar-se, em 2022, municípios algarvios onde a população estrangeira representa mais de um terço dos residentes (destaque para Vila do Bispo onde os estrangeiros representam 42,2% do total de residentes no município, Albufeira onde representam 37,1%, em Aljezur 36,7% e em Lagos 36,3%), destacando-se ainda o município alentejano de Odemira (em 2022 os estrangeiros residentes representaram 39% do total de residentes)”.

Ora, esta invasão do território mais a sul do país desagrada os portugueses que, no dia das eleições, o mostraram com o seu voto, dando larga votação ao CHEGA, o único partido em Portugal que denuncia o excesso de imigração de que Portugal está a ser alvo.

Assim, o partido liderado por André Ventura foi o mais votado em Albufeira com 32,61% dos votos, ficando em segundo lugar em Vila do Bispo (22,60%), Aljezur (21,30%) e Lagos (24,50%).

Também em Odemira, no distrito de Beja, o CHEGA foi o segundo partido mais votado com 21,93% dos votos.

No que diz respeito aos concelhos com maior concentração de população de etnia cigana face ao total da população residente, o cenário também foi de vitória para o CHEGA.

O Estudo Nacional sobre as Comunidades Ciganas do Observatório das Comunidades Ciganas e do Alto Comissariado para as Migrações, que data de 2015, mostra que Monforte, Moura, Idanha-a-Nova, Estremoz, Miranda do Douro, Alter do Chão, Vidigueira, Elvas, Serpa e Sabugal são os 10 concelhos com maior número relativo de ciganos face à população residente e, à semelhança do que aconteceu nos concelhos com maior número de imigrantes, também aqui o CHEGA alcançou resultados acima da média.

Destaque para Elvas onde o partido de André Ventura foi o mais votado com 36,53% dos votos, seguindo-se Moura e Monforte onde ficou em segundo lugar com 30,45 e 28,92% dos votos, respetivamente.

Nos restantes sete concelhos, a votação situou-se entre os 24,89% e os 13,59%, variando entre a segunda e a terceira posição de partido mais votado.

Estes resultados eleitorais mostram que o CHEGA tem razão quando aponta os problemas que as comunidades cigana e imigrante representam, nomeadamente no que diz respeito à criminalidade e à integração social e cultural.

Últimas de Política Nacional

Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.