Centros comerciais representam 38% das vendas e empregam 80% no retalho, segundo um estudo

Os centros comerciais representaram, em 2022, 38% das vendas do retalho não alimentar, empregando cerca de 368 mil pessoas, ou seja 80% da força de trabalho do comércio a retalho, segundo um estudo da CBRE para a APCC.

© D.R.

No trabalho, desenvolvido pela consultora para a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) lê-se que “em Portugal, em 2022, registou-se um total de 26.000 milhões de euros em vendas a retalho não alimentar, excluindo a venda de combustíveis, sem IVA”. Assim, deste montante, “cerca de 38% registaram-se em centros comerciais, totalizando 9.770 milhões de euros em 2022, o que representou um aumento de 8,4% face a 2019”, referiu.

O estudo revelou ainda que, no primeiro semestre de 2023, “as vendas dos centros comerciais já ascendiam a 2.950 milhões de euros, cerca de 14% acima do período homólogo do ano anterior”, sendo que “se se considerar também o retalho alimentar, durante o primeiro semestre de 2023, o total das vendas representava um crescimento de 16% face ao ano anterior”.

Quanto ao emprego, a CBRE estima que o setor dos centros comerciais englobe “cerca de 368.000 postos de trabalho, o que representa 80% dos trabalhadores do setor do comércio a retalho”, acrescentando que “este valor representa 7% dos postos de trabalho nacionais”.

O estudo contabilizou ainda o peso do setor no IVA. “Apesar de não haver dados oficiais específicos para o IVA gerado pelos centros comerciais, a partir de uma extrapolação — considerando uma média ponderada para o valor do IVA das várias classes de atividades e o valor total das vendas de centros comerciais — é possível apurar que este setor gerou cerca de 2.050 milhões de euros em 2022”, referiu.

Em termos de investimento, em 2023, “até ao final do terceiro trimestre, o investimento imobiliário em centros comerciais representava já 45% do investimento imobiliário de retalho de toda a Europa”, destacou o estudo.

De acordo com dados compilados pela CBRE, em Portugal contam-se 173 centros comerciais, sendo que, em desenvolvimento “estão ainda 14 novos centros comerciais (quatro atualmente em construção) e quatro expansões”.

Para o estudo, a consultora considerou uma amostra de 90 centros comerciais, que diz respeito aos associados da APCC.

“Apesar de esta amostra representar apenas 50% do número total de centros comerciais em Portugal, tem um peso de 80% na área brutal locável total”, indicou, salientando que “assim, foi possível fazer uma extrapolação para a totalidade do setor, permitindo retirar conclusões representativas do mesmo”.

Últimas de Economia

O conselho de administração da OpenAI anunciou que rejeitou, por unanimidade, a oferta de Elon Musk para comprar a empresa de inteligência artificial por 97,4 mil milhões de dólares (93,4 mil milhões de euros).
O valor mensal do Rendimento Social de Inserção (RSI) aumentou quase cinco euros para 242,23 euros, com retroativos a janeiro de 2025, segundo portaria publicada hoje em Diário da República.
A Comissão Europeia criticou hoje a política comercial de tarifas recíprocas proposta na quinta-feira pelo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, prometendo uma resposta firme.
O setor do alojamento turístico registou 31,6 milhões de hóspedes e 80,3 milhões de dormidas em 2024, mais 5,2% e 4,0% face a 2023, aumentando os proveitos totais em 10,9% para 6.700 milhões de euros, divulgou hoje o INE.
A remuneração bruta total mensal média por trabalhador cresceu 6,3% em 2024, face a 2023, para 1.602 euros, mas avançou apenas 3,8% em termos reais, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os termos da liquidação dos bens da fábrica da Tupperware instalada em Montalvo, Constância, declarada insolvente na segunda-feira e que hoje despediu os 200 trabalhadores, vai ser determinado em assembleia de credores, disse à Lusa o administrador de insolvência.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais deverá ter aumentado 4,3% em 2024, para 70,4 milhões, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), hoje divulgados.
O IGCP colocou hoje 1.496 milhões de euros, abaixo do montante global máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro (OT) a nove, 17 e 27 anos às taxas de juro de 2,786%, 3,342% e 3,433%, respetivamente, foi hoje anunciado.
As empresas portuguesas enfrentam desafios regulamentares e financeiros acima da média da União Europeia (UE), mas o investimento continua em crescimento, tendo aumentado 14% face ao registado antes da pandemia, segundo um inquérito do Banco Europeu de Investimento (BEI).
O preço do ouro continua a subir, tornando mais valiosas as reservas do Banco de Portugal (BdP), que já valem mais de 33 mil milhões de euros, uma valorização de 7% no arranque do ano.