NATO alerta sobre a falta de munições das forças de Kiev

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, avisou hoje que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, "não renunciou aos objetivos bélicos" e alertou para a falta de munições que a Ucrânia enfrenta.

© Facebook oficial NATO

“A situação no campo de batalha continua muito difícil. A Ucrânia está a ficar sem munições, pelo que, necessita de mais apoio e tem de ser agora”, sublinhou Stoltenberg durante uma conferência de imprensa após uma reunião com o primeiro-ministro da Eslovénia, Robert Golob, em Bruxelas.

O secretário-geral da NATO disse ainda que durante a cimeira da organização que vai decorrer em julho em Washington, os países membros vão adotar “novas medidas” para reforçar os planos de defesa da Aliança Atlântica, assim como para fortalecer o apoio da Ucrânia”.

“Compreendo que é difícil encontrar mais fundos para a defesa porque há muitas outras exigências no setor da educação, infraestruturas e saúde (…) mas temos de ser capazes de aumentar os gastos na defesa quando as tensões se agravam”, acrescentou.

Golob, que se reuniu com Stoltenberg no quadro da data que marca os vinte anos da adesão da Eslovénia à NATO, disse que é “fundamental” uma posição unida da aliança em relação à Ucrânia manifestando vontade de que se verifique “o reforço” (dos meios de defesa) na cimeira de Washington.

“Acreditamos que a cimeira de Washington pode ser um grande êxito mas a exigência principal é a unidade” (entre os membros da organização), disse referindo-se à Ucrânia e a Gaza mas também às tensões nos Balcãs.

O líder esloveno disse ainda a Stoltenberg que a NATO deve “pressionar” Israel e o grupo Hamas para que “parem os combates” no sentido de um cessar-fogo.

“O sul global não está a encarar de forma favorável os nossos esforços em relação a Gaza e se não conseguirmos evitar as atrocidades no terreno vamos perder argumentos”, lamentou Golob em conferência de imprensa conjunta.

Sobre os Balcãs, Stoltenberg disse que a NATO apoia “firmemente” a integridade territorial e a soberania da Bósnia Herzegovina urgindo os líderes políticos a trabalhar no sentido da unidade.

“A retórica separatista é irresponsável e perigosa”, disse Jens Stoltenberg.

Últimas do Mundo

O Governo de França proibiu o uso de ecrãs digitais em creches e centros de educação, para crianças com menos de três anos, para as "proteger voluntariamente" destes estímulos "durante os primeiros anos de vida".
O chefe da diplomacia da Rússia, Sergei Lavrov, reconheceu hoje o envolvimento de soldados norte-coreanos na "libertação da região de Kursk" e descreveu-o como prova da "irmandade inquebrável" entre os dois países.
Uma operação internacional contra o tráfico de pessoas levou à identificação de 1.194 potenciais vítimas e à detenção de 158 suspeitos em 43 países, revelou hoje a Interpol.
Um agente dos serviços secretos da Ucrânia (SBU) foi hoje morto a tiro em Kiev, anunciou o próprio organismo, numa ocorrência considerada rara, mesmo em contexto de guerra.
A Força Aérea ucraniana disse hoje que a Rússia lançou, durante a última noite, o maior ataque com ‘drones’ e mísseis desde o início da invasão em 2022.
A Proteção Civil da Faixa de Gaza informou hoje que pelo menos 20 pessoas foram mortas, incluindo seis crianças, em dois ataques aéreos lançados esta madrugada por Israel contra o território palestiniano.
Cerca de 20 aeronaves de guerra chinesas sobrevoaram hoje os arredores de Taiwan, um dia antes do início das manobras militares anuais do Exército taiwanês, conhecidas como Han Kuang, informaram fontes oficiais da ilha.
O Pentágono, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, confirmou que vai enviar mais armamento para a Ucrânia, horas depois do Presidente Donald Trump ter mencionado a reversão da suspensão da entrega de armas.
O ministro das Finanças da Irlanda e atual presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, foi hoje reeleito líder do fórum informal dos governantes da moeda única, após os outros dois concorrentes se terem retirado da ‘corrida’.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, acusou o dalai-lama de estar "há muito tempo envolvido em atividades separatistas contra a China sob disfarce religioso" e de tentar "separar o Tibete da China"