É inegável que a Europa vive atualmente uma crise de imigração, na qual o nosso Portugal não é exceção, um problema que tem vindo a agravar-se cada vez mais sobretudo desde 2017 em que a lei da imigração foi alterada em que qualquer um pode entrar com autorização de residência apenas com a “promessa de um contrato de trabalho”, alteração esta que foi proposta pelo BE e votada favoravelmente pelos parceiros de geringonça e o PAN.
Já durante o governo da maioria absoluta de António Costa, entrou em vigor o novo modelo de vistos para os CPLP que permite uma autorização de residência de forma automática aos imigrantes provenientes do espaço “lusófono” abrindo as portas a mais de 300 milhões de pessoas. Este modelo levou consequentemente a Comissão Europeia a abrir um processo contra Portugal por claras violações do espaço Schengen.
Qual o efeito destas decisões nos nossos serviços, e na vida dos portugueses? No dia 31 de janeiro saía uma notícia no JN intitulada “Número de estrangeiros a recorrer ao SNS não pára de aumentar”, em que os administradores hospitalares admitiram “que este aumento de procura pode criar dificuldades acrescidas ao SNS”.
O nosso SNS já tinha dificuldades em colmatar as necessidades dos próprios portugueses em que havia casos de 1000 dias de espera para obter uma consulta ou então anos para uma operação e agora acresce esta procura por parte dos imigrantes e em alguns casos como no Hospital de Gaia que registou um aumento de 33% nas consultas, claro que com esta procura cada vez mais é difícil e impossível dar resposta a todos.
Não é só na saúde que se faz sentir os efeitos da imigração, é também na educação, nos transportes e na habitação, fora toda a questão cultural e da nossa identidade portuguesa que está em risco e o aumento generalizado do sentimento de insegurança e há zonas do país sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa que estão completamente irreconhecíveis e que não parecem ser sequer na Europa quanto mais em Portugal, em que os próprios portugueses chegam a ser uma minoria e um dos expoentes máximos é o Martim Moniz.
Nos transportes quase todos os dias chegam vídeos que os passageiros postam nas redes sociais em que vemos uma realidade que podia ser de qualquer país de terceiro-mundo e a detioração dos transportes públicos é um facto incontornável, os portugueses que dependem destes serviços para ir trabalhar, estudar, sentem-se inseguros. O maior exemplo disso mesmo é a linha de Sintra uma zona bastante multicultural em que é comum vermos as forças policiais nas estações e dentro das carruagens, e a sobrelotação das carruagens que contribuem para este clima.
Em 2020 após um estudo verificou-se que os comboios da linha de Sintra circulavam a 160% da capacidade, e ainda o ano passado vimos mais um episódio em que os passageiros acionaram o travão de emergência porque várias pessoas se sentiram mal devido as carruagens irem completamente sobrelotadas inclusive com relatos de pessoas a forçarem as portas, tal era o desespero e a aflição.
E outros setores estão a ressentir-se cada vez mais, a educação, as turmas estão sobrelotadas e verificamos até que nomes portugueses em algumas escolas começam a ser uma raridade. A habitação o aumento da procura e a oferta é pouca e onde podemos observar que os imigrantes vivem 10 ou 20 num T1 ou T2 em condições desumanas, onde não há controlo nenhum e claro uma família portuguesa que realmente necessite além de o acesso a habitação pública estar mal distribuída, simplesmente não consegue competir sendo isto a receita perfeita para rendas a preços exorbitantes.
Segundo os dados da Pordata o número de imigrantes em Portugal duplicou nos últimos dez anos, e nos últimos 15 anos foi dada a nacionalidade portuguesa a mais de 1 milhão de estrangeiros residentes e não residentes. E ainda mais recentemente PS e PSD saiu a notícia que querem regularizar mais 350 mil imigrantes sensivelmente 3.5% da população, não há país que a longo prazo consiga aguentar estas políticas insustentáveis de imigração e atribuição de nacionalidade.
Como André Ventura disse e bem “não são os serviços públicos que se têm de adaptar a imigração, mas sim a imigração aos serviços públicos”.
O tema da imigração é dos mais importantes do século XXI que impacta todas as áreas da vida social, nós vemos o que está a acontecer nas várias cidades europeias como Paris, Bruxelas e tantas outras…temos de retirar lições e evitar que o nosso país chegue a esse ponto.