Trump quer deixar estados legislarem sobre o aborto

O ex-presidente norte-americano e candidato republicano Donald Trump prometeu esta segunda-feira dar liberdade aos estados para legislar sobre o aborto, afastando aparentemente uma potencial proibição nacional desta questão, que tem sido central na campanha para as eleições presidenciais de novembro.

©Facebook.com/DonaldTrump

“Os estados devem escolher, por voto ou por legislação, ou talvez por ambos. Qualquer que seja a sua decisão, deve ser lei”, afirmou o candidato presidencial republicano (já conseguiu os delegados suficientes para a confirmação da candidatura), que irá enfrentar de novo nas urnas o atual Presidente norte-americano e recandidato, o democrata Joe Biden.

O tema do acesso à interrupção voluntária da gravidez promete ser um dos temas mais discutidos na campanha para as eleições presidenciais, depois de o Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América (EUA) – dominado por juízes conservadores nomeados pelos republicanos – ter eliminado, em junho de 2022, o direito constitucional ao aborto em todo o país.

Desde esta decisão, que deu aos estados norte-americanos ‘carta-branca’ para legislarem neste domínio, cerca de 20 proibiram ou restringiram severamente o acesso a este procedimento.

“A minha opinião é que agora temos o aborto onde todos queriam do ponto de vista legal (…). Alguns serão mais conservadores do que outros, e é assim que as coisas são. No final das contas, tudo depende da vontade do povo”, afirmou Donald Trump, num vídeo divulgado através da sua rede social Truth Social.

Embora não tenha dado mais detalhes sobre a sua posição política em relação a esta matéria, o ex-presidente salientou que defende o direito de interromper a gravidez em casos de violação ou incesto, bem como nas situações em que a vida da mulher esteja em risco.

Estas declarações surgem numa altura em que Donald Trump tenta neutralizar aquilo que nos últimos tempos se tornou uma das maiores desvantagens republicanas antes das eleições, que é a sua posição sobre os direitos reprodutivos.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, prometeu hoje nomear um Governo "na próxima semana", indicando que continua a reunir-se com os partidos políticos e grupos parlamentares desde a sua chegada ao cargo no Matignon.
O candidato presidencial republicano, Donald Trump, classificou na terça-feira a vice-presidente e a sua adversária democrata, Kamala Harris, de “marxista” e acusou-a de não ter planos económicos próprios, copiando políticas do atual Presidente, Joe Biden.

O Governo alemão decidiu tomar medidas e anunciou que vai retomar o controlo de todas as suas fronteiras, confirmou uma fonte do governo à agência Reuters. A decisão das autoridades, de apertar as restrições à imigração ilegal e aos pedidos de asilo, ocorreu após um ataque terrorista, em Solingen, na Alemanha. O autor do ataque […]

Um grupo de 45 Estados-membros das Nações Unidas, entre os quais Portugal, instaram hoje a Venezuela a “pôr fim à onda de repressão contra opositores políticos e manifestantes”, durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O debate entre Kamala Harris e Donald Trump, marcado para 10 de setembro em Filadélfia, no estado crítico da Pensilvânia, vai focar-se nos temas da economia, imigração e aborto e terá consequências no estado da corrida.
O antigo primeiro-ministro italiano Mario Draghi defendeu hoje, no seu aguardado relatório, uma emissão regular de dívida comum na União Europeia (UE), como aconteceu na covid-19, e um investimento maciço em defesa, propondo uma nova estratégia industrial comunitária.
O ex-candidato presidencial da oposição na Venezuela, Edmundo González Urrutia, afirmou hoje que a sua saída do país rumo ao asilo em Espanha "esteve rodeada de episódios, pressões, coações e ameaças".
O avião da Força Aérea Espanhola que transportou o candidato da oposição às eleições presidenciais da Venezuela Edmundo González Urrutia aterrou na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, em Madrid, por volta das 16:00 (hora local).
A Espanha concederá "naturalmente" o asilo político ao candidato da oposição às eleições presidenciais da Venezuela Edmundo González Urrutia, afirmou hoje o chefe da diplomacia de Madrid, José Manuel Albares, à televisão espanhola.
O lusodescendente Paulo Pinto, membro ativo da Alternativa para a Alemanha (AfD, direita radical alemã) em Euskirchen, defende que os partidos tradicionais devem ouvir os eleitores e abandonar o discurso sobre o “cordão sanitário”.