Plataforma da PSP e GNR questiona convite a sindicatos sem direito a negociação

O porta-voz da plataforma que junta as estruturas da PSP e GNR manifestou hoje reservas sobre a reunião com a ministra da Administração Interna, uma vez que foram convidados todos os sindicatos sem direito de negociação com o Governo.

© Facebook de Bruno Pereira

 

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, começou às 16:00 uma reunião com os sindicatos da PSP e associações da GNR, um encontro que deverá servir para abrir o processo negocial com vista “a tratar assuntos relacionados com as carreiras e estatuto remuneratório”.

Segundo o Ministério da Administração Interna, todos os sindicatos da PSP e associações da GNR foram convidados para a primeira reunião com a ministra, estando presentes no encontro 16 estruturas das forças de segurança.

A lei sindical da PSP limita o direito de negociação com o Governo aos sindicatos com maior número de associados, sendo sete as estruturas da Polícia de Segurança Pública que têm esse direito.

No caso da GNR, são cinco as associações existentes e aquelas que tem direito de negociação.

Antes de entrar na reunião, Bruno Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia e porta-voz da plataforma que congrega 11 sindicatos e associações da PSP e GNR, disse aos jornalistas que a presença de sindicatos sem direito a negociação mostra “a verdadeira razão da reunião”.

Bruno Pereira disse ainda esperar que a ministra apresente na reunião “algo mais do que o que foi escrito no programa do Governo”.

O encontro com os sindicatos da PSP e associações da GNR foi anunciado na quinta-feira pelo primeiro-ministro, na Assembleia da República, no debate sobre o programa do XXIV Governo Constitucional.

Luís Montenegro afirmou então que serão iniciadas conversações com representantes das forças de segurança “com vista a tratar de assuntos relacionados com as carreiras e estatuto remuneratório”, estando a primeira reunião com as forças representativas das polícias marcada para hoje.

Na convocatória enviada aos sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR, o MAI não indicava qual o motivo da reunião.

O programa do Governo refere que será iniciado “com caráter prioritário” um processo para “dignificação das carreiras” e “valorização profissional e remuneratória” dos polícias, sem mencionar o suplemento de missão.

A atribuição de um suplemento de missão aos polícias, idêntico ao que foi atribuído pelo anterior Governo aos elementos da Polícia Judiciária, é a principal reivindicação dos elementos da PSP e da GNR, que protagonizaram vários protestos nos primeiros dois meses do ano.

A plataforma, que no caso da PSP é composta pelos sete sindicatos com direito de negociação, foi criada para exigir revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança, nomeadamente o suplemento de missão.

Além da ministra, estão presentes na reunião o secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, e a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido.

Últimas do País

O processo de nomeação do novo presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi interrompido devido à marcação das eleições antecipadas de maio, mantendo-se em funções Sérgio Janeiro, que foi nomeado em julho por 60 dias.
Um homem de 29 anos que estava impedido de se aproximar da ex-companheira foi detido pela Polícia de Segurança Pública (PSP) de Almada pelo crime de violência doméstica, informou esta terça-feira a força de segurança.
Vários municípios, sobretudo na região Centro do país, estão a investir em parcerias com entidades privadas para prestar cuidados de saúde aos seus habitantes, numa tentativa de compensar a falta de resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Tribunal de Évora condenou hoje a 23 anos e meio de prisão o homem que esteve a ser julgado pelos crimes de homicídio qualificado e aborto da companheira grávida de sete meses, em Borba.
Os sete guardas prisionais e o chefe da guarda alvo de processo disciplinar na sequência da fuga da prisão de Vale de Judeus são ouvidos em interrogatório pela inspeção na quarta-feira ao longo do dia.
O julgamento da Operação Marquês, que pela primeira vez senta um ex-primeiro-ministro no banco dos réus, José Sócrates, começa no dia 3 de julho, mais de uma década depois de conhecida a investigação, foi hoje anunciado.
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a PSP e a GNR lançam na terça-feira a campanha “Viajar sem pressa”, que decorre até segunda-feira e visa alertar os condutores para os riscos da condução em excesso de velocidade.
Portugal continental e o arquipélago da Madeira vão voltar a ser afetados na quarta-feira por uma nova depressão que vai trazer chuva por vezes forte e acompanhada por granizo e vento, disse à Lusa o meteorologista Pedro Sousa.
Dez distritos de Portugal continental entram progressivamente em aviso amarelo entre hoje à tarde e segunda-feira de manhã devido à previsão de chuva provocada pela depressão Laurence, anunciou hoje o IPMA.
Seis urgências de Ginecologia e Obstetrícia e duas de Pediatria, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, estão hoje encerradas, segundo as escalas dos Serviços de Urgências do Serviço Nacional de Saúde.