Diretora-geral do FMI afirma que economia global tem “muito com que se preocupar”

A diretora-geral do FMI afirma que, apesar dos bons dados económicos globais, ainda há "muito com que se preocupar", uma vez que as divergências entre países "estão a aumentar" e os mais pobres "ficam ainda mais para trás". 

© Facebook de IMF

“Apesar dos múltiplos choques e das condições financeiras restritivas, o crescimento está firmemente em território positivo e atualizámos ligeiramente as nossas previsões para este ano para 3,2%. No entanto, há muito com que nos preocuparmos”, afirmou a chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, numa conferência de imprensa.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) realizam esta semana as reuniões de primavera e a organização de Georgieva atualizou as previsões de crescimento global em mais uma décima de ponto percentual, para 3,2%, apesar das tensões geopolíticas decorrentes das guerras na Ucrânia e em Gaza e da crescente fragmentação do comércio.

Para 2025, o FMI mantém as previsões anteriores e prevê que a economia também cresça 3,2%, enquanto a médio prazo, dentro de cinco anos, crescerá cerca de 3,1%, o valor mais baixo das últimas décadas.

Esta situação deve-se, segundo Georgieva, a “um abrandamento generalizado da produtividade”, num contexto em que “as divergências dentro e entre grupos de países estão a aumentar e os países mais pobres estão a ficar mais para trás”.

“Num mundo em que as crises não param de surgir, os países precisam urgentemente de desenvolver a sua capacidade de resistência à crise”, afirmou a economista búlgara.

Últimas de Economia

Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).