Julgamento de Manuel Pinho e Ricardo Salgado entra nas alegações finais

O julgamento do caso EDP, que tem como arguidos o ex-ministro da Economia Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado, deve entrar hoje na fase de alegações finais.

© Folha Nacional

No Juízo Central Criminal de Lisboa, quase sete meses após o início das sessões no tribunal, cabe ao Ministério Público (MP), representado pelo procurador Rui Batista, iniciar as suas alegações finais a partir das 09h30, expondo os seus argumentos após a fase de produção de prova em sala de audiência.

Quando o julgamento começou, em 10 de outubro, o procurador reiterou que Manuel Pinho se manteve ao serviço do Grupo Espírito Santo (GES) enquanto exerceu as funções de ministro da Economia, entre 2005 e 2009, tomando decisões em nome dos interesses do GES e de Ricardo Salgado e não segundo o interesse público.

O arranque das alegações finais do MP chegou a estar inicialmente previsto para março, mas foi sofrendo alguns adiamentos por diversos motivos, como dificuldades na audição de testemunhas ou por circunstâncias pessoais de alguns intervenientes no julgamento.

Caso o agendamento não seja alterado, seguem-se na terça-feira as alegações finais da defesa de Manuel Pinho — a cargo dos advogados Ricardo Sá Fernandes e Inês Rogeiro.

Para quarta-feira ficam reservadas as intervenções das defesas de Alexandra Pinho e de Ricardo Salgado, representados neste julgamento pelos advogados Manuel Magalhães e Silva e Francisco Proença de Carvalho, respetivamente.

Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, está a ser julgado no caso EDP por corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal.

A sua mulher, Alexandra Pinho, responde por branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido -, enquanto o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, responde por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento.

Últimas do País

Em Portugal, “as escolas reportaram necessidade de reparação ou de aquisição de 45.024 computadores”, segundo informação revelada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) ao Jornal de Notícias (JN).
A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) exigiu hoje "mais medidas efetivas" que garantam a proteção de crianças vítimas de violência doméstica e revelou que desde 2021 acompanhou 146 menores naquele contexto.
Cerca de 40% dos adultos que vivem em Portugal só conseguem compreender textos simples e resolver aritmética básica, segundo um estudo da OCDE em que os portugueses apenas são melhores do que os chilenos.
Um homem de 38 anos indiciado pela prática de um crime de roubo qualificado e diversos furtos, foi detido pela PSP de Coimbra e, após ter sido presente a tribunal, ficou em prisão preventiva, anunciou hoje aquela polícia.
Cerca de 95% dos portugueses respondeu “não” à pergunta "Concorda com o aumento dos salários dos políticos?", contra 5% que respondeu “sim”.
O diretor dos Serviços de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz, afirmou hoje que "há ataques provenientes de atores estatais que têm por objetivo a soberania de Portugal", e que pretendem "a recolha de informação confidencial".
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) denunciou hoje que há uma tentativa de atribuição automática de utentes sem médico de família a clínicos que já atingiram o limite de beneficiários nas suas listas.
A PSP deteve hoje três pessoas numa operação que às 08:00 ainda decorria em bairros de Oeiras e Amadora, distrito de Lisboa, no âmbito dos tumultos que se seguiram à morte de Odair Moniz no bairro da Cova da Moura.
As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores registam este ano os maiores aumentos nas iluminações de Natal e 13 das 16 capitais de distrito vão gastar verbas superiores às despendidas em 2023.
Os médicos devem apresentar “escusas de responsabilidade” sempre que se deparem com “equipas insuficientes” e “sem condições de trabalho”, defendeu hoje a FNAM, que também decidiu o prolongamento da greve às horas extraordinárias nos centros de saúde.