Moreira diz que ataque a migrantes no Porto é “inaceitável” e defende extinção da AIMA

O presidente da Câmara do Porto afirmou hoje que o ataque contra migrantes, que ocorreu na madrugada de sexta-feira, é "inaceitável e um crime de ódio", defendendo a extinção da AIMA - Agência para Integração de Migrantes e Asilo.

© Facebook/ruimoreira

“O ataque a uma casa onde residem imigrantes, na freguesia do Bonfim, no Porto, é um crime de ódio que não pode ser relativizado a qualquer título. É um ataque inaceitável”, disse Rui Moreira no início da reunião do executivo municipal.

Dizendo que qualquer tentativa de justificar ou explicar este ataque é inaceitável, o independente reforçou que também é inaceitável que se diga que ocorre como resposta a outros crimes que vão sucedendo nessa zona e que se diga que a culpa é do parlamento ou das interpretações sobre o colonialismo.

“Esses discursos servem para aqueles a quem interessa abrir barricadas na nossa sociedade”, acrescentou.

O autarca referiu que é necessário confiar que as autoridades policiais tudo estão a fazer para que os seus responsáveis, diretos e indiretos, sejam identificados e que a justiça saiba “puni-los de forma exemplar”.

Rui Moreira entendeu que este episódio exige “ações concretas, muita responsabilidade e racionalidade na gestão dos escassos recursos públicos”.

Por isso, o presidente da Câmara do Porto defendeu a extinção da AIMA e utilização dos recursos de que dispõe para habilitar os municípios a darem uma resposta e a reforçar as forças policiais dos recursos de que hoje não dispõem para combater a criminalidade.

“Repito, a AIMA é uma agência inoperante que desperdiça dinheiros públicos sem o cumprimento da missão a que se propôs e, por isso, deve ser extinta”, insistiu.

Rui Moreira questionou porque é que num país em que se criam comissões parlamentares de inquérito “com tanta facilidade” a Assembleia da República não investiga esta agência nacional que “continua morta perante o aparente descontrolo dos fluxos migratórios”.

Na madrugada de sexta-feira, ocorreram três ataques e agressões a imigrantes na zona do Campo 24 de Agosto, na Rua do Bonfim e na Rua Fernandes Tomás, no Porto.

Segundo a PSP, os ataques foram feitos por vários grupos, tendo cinco imigrantes sido encaminhados para os hospital devido aos ferimentos.

Na sequência das agressões, seis homens foram identificados e um foi detido pela posse ilegal de arma.

Face à suspeita de existência de crime de ódio, o caso passou a ser investigado pela Polícia Judiciaria.

Últimas de Política Nacional

Em causa está o incidente com a deputada do PS Ana Sofia Antunes no plenário na quinta-feira, quando a deputada do CHEGA, Diva Ribeiro, acusou a socialista, que é invisual, de só conseguir “intervir em assuntos que, infelizmente, envolvem deficiência”.
Entre aplausos e elogios, André Ventura destacou-se como o líder mais aclamado naquele que foi o primeiro encontro dos Patriotas enquanto grupo europeu, desde que Abascal foi eleito líder.
Em apenas um ano, Portugal teve o pior resultado de sempre no Índice da Corrupção, sendo por isso importante a “criação de uma subcomissão de integridade e ética”.
O Presidente da República afirmou hoje que vetou a reposição de freguesias apenas por razões de calendário, não sendo contra essa opção política, e que teve a preocupação de dar tempo ao parlamento para confirmar o decreto.
O presidente do CHEGA saudou hoje a decisão do Presidente da República de vetar o decreto que desagrega 135 uniões de freguesias e disse que o processo legislativo "atropelou critério técnico" para beneficiar PS, PSD e PCP nas autárquicas.
O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), Jorge Veloso, disse hoje estar perplexo e chocado com a decisão do Presidente da República de vetar a desagregação de freguesias, considerando que prejudica autarcas e populações.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dá hoje posse a seis novos secretários de Estado, na primeira remodelação do XXIV Governo Constitucional que não altera qualquer ministro.
O Presidente da República sugeriu hoje que se espere para ver como funciona a Direção Executiva do SNS, dirigida por Álvaro Almeida, com a atual ministra da Saúde, Ana Paula Martins, antes de se fazer mudanças.
O Governo "não acredita" nos prazos, no valor e no aumento das taxas propostos pela ANA e propôs um memorando de entendimento entre as duas partes, para negociar estas questões, afirmou hoje no parlamento o ministro das Infraestruturas.
A Provedora de Justiça defendeu hoje no parlamento a necessidade de um relatório anual com dados sobre corrupção “para que nem tudo seja um mundo de informações difusas, de perceção e pouco fundamentadas”.