Ventura insta Governo a apresentar “verdadeira reforma” na saúde

O presidente do CHEGA criticou hoje o plano de emergência para a saúde apresentado pelo Governo, classificando-o como "propaganda vazia", e desafiou o executivo a "apresentar até ao final do ano uma verdadeira reforma".

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas durante uma visita aos bombeiros de Mourão, no distrito de Évora, no âmbito da campanha para as eleições europeias, André Ventura considerou que “o plano pode ter sempre coisas positivas, mas é uma desilusão, uma resenha, e é sobretudo um fracasso enorme face àquilo que tinha sido prometido, que era uma grande reforma na saúde”.

“Nós vamos instar o senhor primeiro-ministro a continuar a trabalhar nesta matéria, para apresentar até ao final do ano uma verdadeira reforma na saúde. E se quiser nós damos pistas sobre isso”, afirmou, pedindo ao Governo que tenha a “humildade e capacidade de receber sugestões e de trabalhar em conjunto e não continuar nesta lógica solitária de caminho sozinho”.

O líder do CHEGA afirmou que aquilo que o Governo anunciou “não é plano nenhum de emergência de saúde”.

“Isto não é plano nenhum de emergência, não é nenhum plano de combate ao estado de saúde em Portugal, nem honestamente era o plano que as pessoas estavam à espera de um governo que fizesse o corte com o PS nesta matéria”, defendeu.

O líder do CHEGA considerou que este é um “exemplo de propaganda completamente vazia”.

“O mais grave é que nem na propaganda são bons porque até António Costa era melhor, porque ao menos fazia propagada a sério. Estes é propaganda de amadores”, criticou.

Considerando que “o primeiro-ministro entrou no modo campanha eleitoral, e passou a achar que já não vale a pena governar porque vai haver eleições”, Ventura referiu que “todos os dias anuncia qualquer coisa, seja com concretização ou com substância ou não, não interessa” e defendeu que este plano para a saúde “vai na linha do choque fiscal e do apoio à Ucrânia”.

Dizendo que queria que o Governo apresentasse um plano “que protegesse as pessoas”, Ventura afirmou que aquilo que o executivo apresentou “foi zero nesta matéria” bem como quanto à saúde oral, urgências ou médicos de família.

Este é um “documento vazio, uma série de lugares-comuns” que “não vai resolver problema nenhum dos profissionais”, acrescentou.

O Conselho de Ministros aprovou hoje um Plano de Emergência e Transformação na Saúde, que foi apresentado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA entregou esta sexta-feira, 7 de novembro, mais de 600 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), no último dia do prazo definido pelo Parlamento, que coincidiu com o encerramento das audições na especialidade.
O partido liderado por André Ventura quer acabar com as portagens nas autoestradas para aliviar os custos das famílias e empresas, mas o ministro das Finanças rejeita a medida, defendendo que o princípio “utilizador-pagador” deve manter-se para proteger as contas públicas.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende reduzir e uniformizar a taxa de IVA aplicada ao setor da hotelaria e restauração, fixando-a em 13% para todos os serviços, incluindo bebidas alcoólicas e refrigerantes.
O CHEGA passou a integrar o executivo da Câmara Municipal de Sintra, na sequência de um acordo político que o presidente da autarquia, Marco Almeida, considera ser “um sinal de respeito pela vontade democrática dos sintrenses”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou ter investido 637.239,59 euros na construção da sua habitação em Espinho, entre 2016 e 2021. Este montante não inclui os 100 mil euros aplicados em 2015 na compra do terreno onde o imóvel viria a ser edificado.
O prazo de entrega para propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) termina hoje, dia que marca também o final das audições na especialidade no parlamento.
A Câmara aprovou a nomeação de Rui Emanuel Moreira da Rocha para o conselho de administração dos SMAS, por proposta do presidente socialista Fernando Ferreira.
Isaltino Morais inaugurou o seu terceiro mandato em Oeiras com uma gala de posse de quase 75 mil euros, realizada na Cidade do Futebol e paga com dinheiro público. A cerimónia, digna de evento corporativo, levantou dúvidas sobre a legalidade do contrato relâmpago com a FPF Events.
A morte de Umo Cani e da sua filha recém-nascida no Hospital Amadora-Sintra tornou-se o símbolo do caos no SNS. Entre falhas informáticas, demissões e promessas adiadas, a ministra da Saúde recusa abandonar o cargo. Do outro lado, André Ventura dispara contra o Governo, exigindo responsabilidades políticas e denunciando o “abandono dos portugueses pelo Estado”.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou, esta quinta-feira, que os cartazes da campanha presidencial de André Ventura, com as mensagens 'Isto não é o Bangladesh' e 'Os ciganos têm de cumprir a lei', não configuram qualquer “ilícito eleitoral”.