Ventura diz que Nuno Rebelo de Sousa tem de comparecer na CPI

O presidente do CHEGA considerou hoje que o filho do Presidente da República Nuno Rebelo de Sousa tem de comparecer na comissão de inquérito ao caso das gémeas, incluindo por videoconferência, podendo recusar responder a alguma questão concreta.

© Folha Nacional

“O CHEGA não aceitará que ninguém, cidadão português ou não, se recuse a participar numa comissão de inquérito”, afirmou André Ventura.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o líder do CHEGA afirmou que “os casos em que há uma recusa de participar numa comissão de inquérito estão definidos por lei, esses casos estão tipificados, e não abrangem certamente o Dr. Nuno Rebelo de Sousa”.

André Ventura quer que a comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma notifique formalmente o filho do Presidente da República de que “não pode recusar a comparecer a uma comissão de inquérito”.

O filho do Presidente da República comunicou à comissão parlamentar de inquérito sobre o caso das gémeas que recusa prestar esclarecimentos, admitindo estar presente em audição “em momentos futuros”, segundo um documento ao qual a Lusa teve hoje acesso.

Esta resposta é apreciada hoje em reunião de mesa e coordenadores da comissão de inquérito.

Caso mantenha esta intenção, Ventura quer que a comissão de inquérito notifique “as autoridades judiciais para que, ou em Portugal ou no Brasil, levem ao cumprimento da lei”.

O líder do CHEGA considerou que Nuno Rebelo de Sousa “é um elemento fundamental para o apuramento da verdade” e indicou que “tem os mesmos direitos que toda a gente para responder via videoconferência, meios telemáticos”, referindo que “o parlamento colocará à sua disposição todos os meios”.

E defendeu que Nuno Rebelo de Sousa, assim como outros, “terão de comparecer na comissão de inquérito, mesmo que em determinadas questões tenham o direito legal e constitucional ao silêncio”.

Ventura acusou também o filho de Marcelo Rebelo de Sousa de se achar “acima da lei” e salientou que “não há em Portugal ninguém que esteja acima da lei”.

“Tenho a certeza absoluta de que o ser arguido não dispensa ninguém de vir a uma comissão de inquérito, tanto que já tivemos muitas outras comissões de inquérito em que os arguidos tiveram que comparecer, tivemos até já o caso de arguidos presos serem transportados até ao parlamento”, sustentou.

Nesta declaração aos jornalistas, o presidente do CHEGA foi questionado igualmente sobre as críticas da IL e do Livre que PSD e PS tenham negociado com o CHEGA uma lista conjunta para o Conselho de Estado, com a líder parlamentar liberal a apontar incongruência e hipocrisia.

André Ventura considerou “um absoluto disparate” os partidos apresentarem listas separadas.

“Era só perder mais tempo ao parlamento, e eu acho que as pessoas estão fartas de perder tempo”, defendeu, indicando que

O líder do CHEGA salientou que o seu partido “tem direito a um assento no Conselho de Estado, porque tem mais de um quinto dos deputados no parlamento”.

“A hipocrisia está do lado daqueles que acham que o parlamento tem que estar a perder tempo com linhas vermelhas e cordões sanitários. Nós estamos aqui para trabalhar, é isso que vamos continuar a fazer e não vamos alimentar polémicas desse tipo”, criticou.

Últimas de Política Nacional

André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.
Os doentes internados e os presos podem inscrever-se para voto antecipado nas eleições presidenciais de 18 de janeiro a partir de segunda-feira, e o voto antecipado em mobilidade pode ser requerido a partir de 04 de janeiro.
O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.