Grupo hoteleiro espanhol Barceló aposta na expansão da Madeira para o continente

O grupo hoteleiro espanhol Barceló, que recentemente anunciou um investimento de 50 milhões de euros na Madeira, admite novos projetos naquele arquipélago, mas está agora “focado na entrada em Portugal Continental”, nomeadamente Lisboa, Porto e Algarve.

© D.R.

 

Em entrevista à agência Lusa, o diretor do Barceló Hotel Group para a Madeira e Cabo Verde, Julio Barrientos, referiu que os novos projetos “ainda estão a ser estudados”, mas avançou que “Portugal continental é um alvo importante, com enfoque em Lisboa, Porto e Algarve”.

“O grupo está focado na entrada em Portugal Continental, sendo este um objetivo prioritário, mas não descartamos qualquer outro projeto na ilha [da Madeira]”, afirmou.

Recentemente, o Barceló Hotel Group anunciou um investimento de 50 milhões de euros na Madeira, que inclui o já inaugurado hotel de cinco estrelas Barceló Funchal Oldtown (resultado da reabilitação de seis edifícios na baixa do Funchal), a compra de um terreno para construção de um hotel na zona do Mercado dos Lavradores, no centro histórico do Funchal, e a aquisição e remodelação da antiga Quinta das Vistas Palace Gardens.

Com a incorporação destes novos alojamentos, o Barceló Hotel Group reforça a sua presença na ilha da Madeira, onde já geria o hotel Allegro Madeira, uma unidade de quatro estrelas localizada a poucos minutos do centro do Funchal.

Anteriormente conhecido como Quinta das Vistas Palace Gardens, o agora hotel Quinta Funchal Palace Garden estará em operação até que seja aprovado o projeto definitivo de reabilitação do edifício, encerrando então portas com vista à sua “completa renovação”.

O objetivo do grupo hoteleiro Barceló é reposicionar este edifício emblemático e torná-lo “num dos melhores hotéis cinco estrelas do Funchal”, com abertura prevista para 2026 e comercialização sob a marca Royal Hideaway.

Já o novo hotel de quatro estrelas junto ao Mercado dos Lavradores tem inauguração prevista para o final de 2025 e será operado com a marca Occidental.

Segundo avançou à Lusa Julio Barrientos, esta nova infraestrutura hoteleira será construída num terreno para onde estava já projetado um hotel, do qual apenas foi concluído o parque de estacionamento: “É um hotel inacabado, apenas foi concluído o parque de estacionamento, sobre o qual será construído o hotel, o que obviamente favorecerá a reabilitação da envolvente”, explicou.

Na sequência do investimento de 50 milhões de euros na Madeira, o grupo – que em 2023 obteve um lucro consolidado de 193,9 milhões de euros e faturou 6.700 milhões – prevê a criação de mais de 300 empregos diretos e indiretos na ilha, onde passará a operar com quatro hotéis e as suas quatro marcas: Royal Hideaway Hotels & Resorts, Barceló Hotels & Resorts, Occidental Hotels & Resort e Allegro Hotels.

O Barceló Hotel Group é a divisão hoteleira do grupo turístico Barceló, fundado em 1931 em Maiorca, Espanha, e que emprega mais de 38.000 colaboradores.

Atualmente, reclama um lugar entre as 30 maiores cadeias hoteleiras do mundo em número de quartos, com mais de 300 hotéis e 65.000 quartos em 30 países, comercializados sob quatro marcas: Royal Hideaway Hotels & Resorts, Barceló Hotels & Resorts, Occidental Hotels & Resorts e Allegro Hotels.

Também faz parte do grupo Crestline Hotels & Resorts, uma empresa hoteleira independente com 130 estabelecimentos nos EUA.

Últimas de Economia

Dez instituições sociais açorianas não vão pagar o subsídio de Natal aos trabalhadores por dificuldades financeiras devido a atrasos da República nas transferências e o Governo Regional disse hoje que está disponível para ajudar a ultrapassar o problema.
Metade dos pensionistas por velhice recebia uma pensão abaixo dos 462 euros, apesar de a média de 645 euros, segundo dados analisados por economistas do Banco de Portugal (BdP), que assinalam ainda as diferenças entre géneros.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,7% até outubro, face ao mesmo período de 2024, para 63,869 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.