Trump acusa democratas de “golpe de estado” contra Biden

O ex-Presidente dos Estados Unidos e candidato republicano nas presidenciais de novembro, Donald Trump, acusou hoje o Partido Democrata de “um golpe de estado” contra o atual líder da Casa Branca, Joe Biden, que desistiu da corrida eleitoral.

© Facebook de Donald J. Trump

Trump interveio por telefone no programa da manhã da cadeia televisiva Fox News e descreveu como “terrível” o discurso de Biden na noite de quarta-feira (madrugada de quinta em Lisboa) a partir da Sala Oval da Casa Branca, no qual deu mais detalhes sobre a sua decisão de se retirar da disputa presidencial agendada para 05 de novembro.

“Acho que foi um golpe de estado. Não queriam que ele se candidatasse. Estava muito em baixo nas sondagens e pensaram que ia perder”, comentou o político republicano.

O magnata nova-iorquino acusou o ex-Presidente norte-americano Barack Obama, a influente congressista Nancy Pelosi e outros líderes democratas de estarem por trás de uma conspiração para forçar a retirada de Biden após o seu papel desastroso no debate eleitoral com Trump no mês passado.

“Foram vê-lo e disseram-lhe que não podia ganhar as eleições, o que penso ser verdade”, disse o republicano.

Recém-recuperado de covid-19, Biden fez um discurso à nação em que explicou que decidiu passar o testemunho a uma nova geração para unir os Estados Unidos e salvar a democracia, que considera ameaçada por um eventual novo mandato de Trump.

O republicano respondeu à Fox News que “estava tudo errado” no discurso de Biden, desde a aparência à sua voz.

Trump atacou ainda a provável nova candidata democrata, a atual vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, que disse ser “uma esquerdista radical não muito inteligente”.

As primeiras sondagens e análises, embora ainda muito preliminares, sugerem que a vice-Presidente democrata teria um melhor desempenho eleitoral do que Biden e poderia derrotar Trump em alguns estados decisivos.

O candidato republicano desferiu uma série de ataques num comício na quarta-feira contra Harris, a quem chamou de “nova vítima da derrota” e acusou de enganar o eleitorado sobre a capacidade de Biden se candidatar a um segundo mandato.

O comício em Charlotte, na Carolina do Norte, marcou o seu primeiro evento público de campanha desde que Biden desistiu das presidenciais e Harris se tornou na provável candidata dos democratas.

“Portanto, temos agora uma nova vítima para derrotar: a mentirosa Kamala Harris”, disse Trump, rotulando-a de “a vice-Presidente mais incompetente e de extrema-esquerda da história americana”.

Trump chamou-lhe “lunática de esquerda radical” e disse que era “louca” pelas suas posições sobre o aborto e imigração.

Joe Biden, de 81 anos, anunciou no domingo a desistência da sua campanha de reeleição e o apoio a Kamala Harris como possível sucessora depois de semanas de pressão interna para desistir da corrida devido a dúvidas sobre o seu estado de saúde.

Para ser candidata contra Trump em novembro, a vice-Presidente norte-americana, de 59 anos e que tem vindo a somar apoios de influentes figuras do partido e grandes quantidades de financiamentos de campanha, tem de ser confirmada pelos delegados na Convenção Nacional Democrata, que vai decorrer em Chicago de 19 a 22 de agosto.

Últimas de Política Internacional

O lusodescendente Paulo Pinto, membro ativo da Alternativa para a Alemanha (AfD, direita radical alemã) em Euskirchen, defende que os partidos tradicionais devem ouvir os eleitores e abandonar o discurso sobre o “cordão sanitário”.
A Comissão Europeia aprovou hoje uma ajuda adicional de 40 milhões de euros para ajudar os ucranianos em situação vulnerável a prepararem-se para o inverno, perante os recentes ataques russos contra infraestruturas de energia.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou hoje o antigo negociador da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, como novo primeiro-ministro de França após mais de 50 dias de governo provisório.
O Presidente russo, Vladimir Putin, apoiou hoje a candidatura da norte-americana Kamala Harris à Casa Branca, um dia depois de Washington ter acusado Moscovo de interferência nas presidenciais dos Estados Unidos da América.
O atual ministro espanhol da Transformação Digital, José Luis Escrivá, será o novo governador do Banco de Espanha, anunciou hoje o Governo liderado pelo socialista Pedro Sánchez, que está ser alvo de críticas da oposição por causa desta escolha.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, quer rever as ajudas diretas aos pequenos agricultores e prometeu hoje apresentar medidas nos primeiros 100 dias do próximo mandato.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitry Kuleba, apresentou hoje a demissão, numa carta dirigida ao Verkhovna Rada (parlamento) do país.
A Justiça neerlandesa pediu hoje 14 anos de prisão para um pregador paquistanês por incitar ao assassínio do líder neerlandês anti-islâmico de direita radical, Geert Wilders, e seis anos para um dirigente partidário extremista paquistanês por sedição e ameaças.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, encerrou hoje um intenso dia de consultas para nomeação do próximo primeiro-ministro, mantendo-se a falta de consenso sobre uma personalidade que possa sobreviver a uma moção de censura na Assembleia Nacional.
O Governo dos Estados Unidos apreendeu um avião utilizado pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alegando violações das sanções e das leis de controlo das exportações, informou hoje o Departamento de Justiça norte-americano.