Ouro atinge novo máximo histórico com perspetiva de corte nas taxas de juro

O preço do ouro, um dos ativos refúgio, continuou hoje a subir e segue em máximos históricos, impulsionado pela incerteza geopolítica e pela confiança na descida das taxas de juro nos Estados Unidos.

© D.R.

Ao início da tarde, o metal dourado fixou um novo recorde ao atingir 2.531,75 dólares por onça, segundo dados da Bloomberg.

Posteriormente viria a recuar para 2.525 dólares, tendo registando desde o início do ano uma valorização de 22%.

Segundo analistas da Banca March, citados pela agência EFE, o ouro segue em máximos históricos “pelo possível início de cortes nas taxas de juro nos Estados Unidos e pela continuidade nas compras por parte dos bancos centrais”.

“Parece que o regresso dos investidores ocidentais (às compras de ouro) contribuiu para aumentar os preços, refletindo expectativas de cortes mais rápidos e maiores nas taxas de juro por parte da Reserva Federal”, considerou Norbert Rücker, do banco privado suíço Julius Baer.

“A incerteza política continua a ser elevada, o que pode aumentar a procura de segurança pelos investidores a curto prazo”, referiu Jean-Paul van Oudheusden, analista de eToro, mencionando as dúvidas em torno do resultado das presidenciais norte-americanas de novembro.

“O ouro vai a caminho do seu melhor ano desde 2020, o que reflete essa incerteza”, acrescentou.

Últimas de Economia

Dez instituições sociais açorianas não vão pagar o subsídio de Natal aos trabalhadores por dificuldades financeiras devido a atrasos da República nas transferências e o Governo Regional disse hoje que está disponível para ajudar a ultrapassar o problema.
Metade dos pensionistas por velhice recebia uma pensão abaixo dos 462 euros, apesar de a média de 645 euros, segundo dados analisados por economistas do Banco de Portugal (BdP), que assinalam ainda as diferenças entre géneros.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,7% até outubro, face ao mesmo período de 2024, para 63,869 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.