Ações da JD.com caem mais de 10% com intenção da Walmart de vender participação

O gigante chinês do comércio eletrónico Jingdong (JD.com) caiu hoje mais de 10% na Bolsa de Valores de Hong Kong, devido a informações de que o retalhista norte-americano Walmart está a tentar vender a participação na empresa.

© D.R.

Apesar de, nos últimos dias, terem recuperado mais de 13%, após resultados melhores do que os esperados no segundo trimestre, até agora, este ano, as ações do grupo acumularam uma queda de 8,29%.

Fontes próximas do negócio citadas pela agência Bloomberg indicaram que a Walmart pretende vender cerca de 144,5 milhões de ações, com um desconto de 11,8% em relação ao preço de fecho de terça-feira.

Se o negócio se confirmar, a Walmart terminará uma parceria com a JD.com que começou em 2016, quando adquiriu uma participação de 5% na empresa chinesa, num negócio então avaliado em cerca de 1,5 mil milhões de dólares (13,5 mil milhões de euros). No ano passado, a multinacional norte-americana aumentou a sua quota no mercado online para 10,8%.

A empresa norte-americana está a repensar a sua estratégia no mercado chinês, onde as vendas a retalho são agora dominadas por empresas de comércio eletrónico como a Alibaba, a Pinduoduo e a própria JD.com, e onde o consumo tem sido prejudicado por fatores como uma prolongada crise imobiliária e as incertezas no mercado de trabalho.

A JD.com tem vindo a acumular trimestres com crescimento de receitas de apenas um dígito desde 2022, face às incertezas sobre o desempenho da segunda maior economia do mundo, o que significa que o seu valor na bolsa é agora 60% inferior ao que era no início de 2023.

Após a paragem a meio da sessão em Hong Kong, a JD.com anunciou uma recompra de ações no valor de 390 milhões de dólares (350 milhões de euros), o que representa também a utilização total da quota de três mil milhões de dólares do plano de recompra de ações que anunciou em março passado.

Últimas de Economia

Os Estados Unidos suspenderam as negociações de um acordo comercial com a Tailândia devido às tensões na fronteira com o Camboja, após Banguecoque suspender um entendimento de paz assinado em outubro com a mediação do Presidente norte-americano.
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos nos hospitais subiu quase 15%, entre janeiro e setembro, de acordo com dados hoje publicados pelo Infarmed.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que a taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em outubro, menos 0,1 pontos percentuais do que a verificada em setembro.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,8% até setembro, face ao mesmo período de 2024, para 57,028 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O índice de volume de negócios nos serviços subiu 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas desacelerou 0,2 pontos percentuais relativamente a agosto, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O preço da carne de novilho não para de subir e já pesa no bolso dos portugueses. Em apenas dois anos, o quilo ficou 5 a 6 euros mais caro, um aumento de quase 100%, impulsionado pela guerra na Ucrânia e pela alta dos cereais que alimentam o gado.
As três maiores empresas do setor energético exigem a devolução de milhões de euros pagos ao Estado através da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), um imposto criado para financiar a redução da dívida tarifária e apoiar políticas ambientais, mas que, segundo o tribunal, foi aplicado de forma ilegal no setor do gás natural.
As exportações de bens aumentaram 14,3% e as importações subiram 9,4% em setembro, em termos homólogos, acumulando um crescimento de 1,9% e 6,5% desde o início do ano, divulgou hoje o INE.
O valor médio para arrendar um quarto em Lisboa ou no Porto ultrapassa metade do salário mínimo nacional. Perante a escalada dos preços e orçamentos familiares cada vez mais apertados, multiplicam-se as soluções alternativas de pousadas a conventos, para quem procura um teto a preços mais acessíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que Portugal deve optar por reduzir as isenções fiscais e melhorar a eficiência da despesa pública para manter o equilíbrio orçamental em 2026, devido ao impacto das descidas do IRS e IRC.