Mais de 10 mil portugueses pedem revisão da fiscalização das acessibilidades

Uma petição com mais 10.300 assinaturas, enviada hoje ao parlamento, apela a uma revisão da estrutura e funcionamento das entidades fiscalizadoras das acessibilidades, denunciando passadeiras mal rebaixadas, rampas inclinadas e paragens de autocarro junto a passagens de peões.

© D.R.

A Associação Salvador, promotora da petição, identifica a falta de acessibilidades como o principal fator de exclusão social de pessoas com deficiência, afetando mais de um milhão de portugueses, incluindo pessoas com deficiência motora, idosos, pessoas com carrinhos de bebé ou com mobilidade reduzida permanente ou temporária.

Na petição, enviada hoje ao Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, são apontados como impedimentos de acessibilidades algumas paragens de autocarro ou zonas de estacionamento de trotinetes que impedem a passagem dos peões e ainda as rampas de acesso que têm mais de 6% de inclinação.

Dos maus exemplos enumerados contam ainda a calçada portuguesa ou espaço público sem manutenção, com buracos e obstáculos na circulação ou as casas de banho não adaptadas, sem barras de apoio e espaço de circulação ou balcões não rebaixados.

Segundo o texto da petição, já existem em Portugal leis sobre as acessibilidades, mas não são totalmente postas em prática e respeitadas, além de que não existe fiscalização, quer por falta de recursos quer por falta de priorização da área, o que contribui para a falta de acessibilidades continuar a ser um dos principais fatores de exclusão no país.

A criação de mecanismos de fiscalização e de monitorização das políticas de acessibilidades, que garantam uma vida plena para qualquer cidadão, é exigida pelos subscritores, que sugerem uma alteração das entidades fiscalizadoras, um aumento dos investimentos em programas de fiscalização e a criação de mecanismos de monitorização mais transparentes e participativos.

O fundador da Associação Salvador, Salvador Mendes de Almeida, em comunicado divulgado, diz observar muitas lacunas na implementação e fiscalização das políticas de acessibilidade, resultando em barreiras para milhares de cidadãos em todo o país, além de obras novas que não cumprem a legislação.

Exige por isso recursos adequados, autoridade suficiente e conhecimento técnico necessário para desempenharem eficazmente o seu papel na promoção e garantia da acessibilidade em todos os setores da sociedade.

Últimas do País

O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou hoje que o regulador vai analisar contratos de seguros de proteção ao crédito, onde vê sinais de “algum desequilíbrio” na relação contratual com os clientes.
O casal acusado de triplo homicídio em Donai, no concelho Bragança, em julho de 2022 foi hoje condenado a 25 anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização à família das vítimas de 225 mil euros.
Um casal foi condenado a dois anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução, por enviar mensagens de telemóveis falsas a cobrar supostas dívidas em nome da EDP, revelou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
“Vocês não respeitam nada. Uma cambada de racistas, um gangue de racistas.” Ataques e insultos dirigidos a líder parlamentar e deputados do CHEGA levaram comandante a intervir e a chamar a polícia.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição avisa: prepare a carteira. Carne, peixe, fruta e legumes poderão subir até 7% já no próximo ano. Custos de produção disparam, exigências europeias apertam e o retalho admite que, apesar dos esforços, não vai conseguir travar totalmente os aumentos.
O número de livros impressos editados em 2024 caiu 14,3% para um total de 11.615 e o preço aumentou 2,6% face a 2023, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje de manhã tempos de espera de cerca de 12 horas para a primeira observação, segundo dados do portal do SNS.
A direção-executiva do SNS está hoje reunida com a ULS Amadora-Sintra para procurar soluções para reduzir os tempos de espera nas urgências neste hospital, que classificou como “o principal problema” do SNS neste momento.
A CP informou hoje que se preveem “perturbações na circulação de comboios” na quinta-feira e “possíveis impactos” na quarta e sexta-feira devido à greve geral convocada para dia 11 de dezembro.
Só no último ano letivo, chegaram às escolas mais 31 mil alunos estrangeiros, um salto de 22% que está a transformar por completo o mapa demográfico do ensino em Portugal.