O líder nacionalista – que propôs como objetivo para a presidência húngara concluir um pacto de competitividade – reconheceu que a obtenção de um acordo não seria fácil, perante o caos que considera estar a ser semeado por Bruxelas e por vários estados-membros, que têm boicotado reuniões, ausentando-se delas.
“Temos ministros e comissários infantis que às vezes vêm e às vezes não vêm, sem sabermos quem vem e quem não vem”, lamentou Orbán, durante uma conferência em Budapeste.
“Eles pensam que estão a gozar connosco, mas estão apenas a fazer papel de parvos, porque a UE não deveria tornar-se um jardim de infância”, criticou o chefe de Governo húngaro.
Viktor Orbán surpreendeu e incomodou os seus pares, em julho, ao organizar uma visita surpresa a Moscovo, sem consulta prévia, quando acabava de assumir a presidência rotativa da UE.
Em resposta, a Comissão Europeia decidiu boicotar as reuniões organizadas na Hungria e esteve representada apenas a nível técnico.
Além da sua visita à Rússia, Orbán viajou também para a Ucrânia, China e Estados Unidos, para se encontrar com o ex-Presidente norte-americano Donald Trump, naquilo a que chamou uma “missão de paz”.
O primeiro-ministro húngaro está muitas vezes desalinhado com o Parlamento Europeu e com a Comissão Europeia, bem como com a grande maioria dos estados-membros, devido aos seus repetidos ataques ao Estado de Direito e à sua proximidade com o Kremlin.