Orbán critica boicotes de países da UE a reuniões da presidência húngara

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, criticou hoje o que disse ser a “atitude infantil” de alguns dos seus parceiros da União Europeia (UE), alegando que colocam em perigo a presidência rotativa ao boicotarem reuniões.

©Facebook de Viktor Orbán

O líder nacionalista – que propôs como objetivo para a presidência húngara concluir um pacto de competitividade – reconheceu que a obtenção de um acordo não seria fácil, perante o caos que considera estar a ser semeado por Bruxelas e por vários estados-membros, que têm boicotado reuniões, ausentando-se delas.

“Temos ministros e comissários infantis que às vezes vêm e às vezes não vêm, sem sabermos quem vem e quem não vem”, lamentou Orbán, durante uma conferência em Budapeste.

“Eles pensam que estão a gozar connosco, mas estão apenas a fazer papel de parvos, porque a UE não deveria tornar-se um jardim de infância”, criticou o chefe de Governo húngaro.

Viktor Orbán surpreendeu e incomodou os seus pares, em julho, ao organizar uma visita surpresa a Moscovo, sem consulta prévia, quando acabava de assumir a presidência rotativa da UE.

Em resposta, a Comissão Europeia decidiu boicotar as reuniões organizadas na Hungria e esteve representada apenas a nível técnico.

Além da sua visita à Rússia, Orbán viajou também para a Ucrânia, China e Estados Unidos, para se encontrar com o ex-Presidente norte-americano Donald Trump, naquilo a que chamou uma “missão de paz”.

O primeiro-ministro húngaro está muitas vezes desalinhado com o Parlamento Europeu e com a Comissão Europeia, bem como com a grande maioria dos estados-membros, devido aos seus repetidos ataques ao Estado de Direito e à sua proximidade com o Kremlin.

Últimas de Política Internacional

O Presidente dos Estados Unidos está "muito descontente" com as compras de petróleo russo por parte de países da União Europeia (UE), disse hoje o líder da Ucrânia.
A reunião em Pequim dos dirigentes chinês, Xi Jinping, russo, Vladimir Putin, e norte-coreano, Kim Jong-un, é um "desafio direto" à ordem internacional, declarou, esta quarta-feira, a chefe da diplomacia da UE.
O ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, afirmou que os preços mais baixos da energia contribuem para garantir empregos na Alemanha, o que constitui a "máxima prioridade".
Marine Le Pen, líder do partido Rassemblement National (RN), pediu hoje ao presidente Emmanuel Macron para convocar eleições ultra-rápidas depois da previsível queda do Governo do primeiro-ministro François Bayrou.
O Governo britânico começou a contactar diretamente os estudantes estrangeiros para os informar de que vão ser expulsos do Reino Unido caso os vistos ultrapassem o prazo de validade, noticiou hoje a BBC.
O deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro avisou hoje que prevê que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imponha novas sanções contra o Brasil, caso o seu pai, Jair Bolsonaro, seja condenado de tentativa de golpe de Estado.
No último fim de semana, a Austrália assistiu a uma das maiores mobilizações populares dos últimos anos em defesa de políticas migratórias mais rigorosas. A “Marcha pela Austrália” reuniu milhares de cidadãos em várias cidades, incluindo Sidney, Melbourne e Adelaide, numa demonstração clara da crescente preocupação da população com os efeitos da imigração massiva sobre o país.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, voltou hoje a defender "um pacto de Estado face à emergência climática" após os incêndios deste verão e revelou que vai propor um trabalho conjunto para esse objetivo a Portugal e França.
A Comissão Europeia vai apresentar na reunião informal do Conselho Europeu, em 01 de outubro, em Copenhaga, o plano para reforçar a defesa e segurança dos países da UE, anunciou hoje a presidente.
O Ministério das Finanças da África do Sul prepara-se para baixar o nível a partir do qual considera que um contribuinte é milionário, com o objetivo de aumentar a receita fiscal no país africano mais industrializado.