Próxima sessão do Parlamento Europeu marcada pelo conflito no Médio Oriente e discurso de Orbán

O Parlamento Europeu reúne-se, entre segunda e quinta-feira, numa sessão plenária dominada pela situação no Médio Oriente e na qual o polémico primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, irá apresentar as prioridades da presidência semestral da UE, que Budapeste exerce atualmente.

© D.R.

Na segunda-feira, dia em que se assinala o primeiro aniversário do ataque do grupo extremista palestiniano Hamas a Israel e que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, e na terça-feira de manhã, o Parlamento Europeu irá abordar a escalada da violência no Médio Oriente e os mais recentes acontecimentos no Líbano.

Nesses dois dias, no debate no hemiciclo europeu estará o Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 41 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Os confrontos entretanto chegaram ao Líbano, entre as forças israelitas e o movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, e o Irão disparou mísseis balísticos contra Israel, em retaliação pelos assassinatos do líder da milícia libanesa, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano em Beirute, bem como do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão.

Ainda no arranque da sessão plenária, serão também debatidos os fogos florestais que atingiram o sul da Europa, em particular Portugal e Grécia, em setembro, devendo os eurodeputados pedir medidas à UE no sentido de melhorar a preparação face às alterações climáticas e atenuar o seu impacto e contestar a proposta para o corte de 155 milhões de euros no orçamento do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Também na segunda-feira, os eurodeputados debatem com a Comissão Europeia a liberdade de circulação e as recentes reintroduções de controlos nas fronteiras terrestres do espaço de livre circulação europeu Schengen, nomeadamente pela Alemanha.

Já na quarta-feira, o primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, irá apresentar na sessão plenária as prioridades da presidência semestral do Conselho da UE, que o país exerce até 31 de dezembro, num contexto de um longo braço-de-ferro entre Budapeste e as instituições europeias devido a violações sistemáticas de legislação comunitária, nomeadamente sobre o Estado de direito.

A crise na indústria automóvel europeia, perante a concorrência asiática, será debatida na terça-feira e deverá incluir a decisão da Comissão Europeia de aplicar direitos de compensação até 35% sobre os veículos a bateria chineses, para além do imposto de 10% já em vigor, já validada pelos Estados-membros.

Últimas de Política Internacional

A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.
O Presidente finlandês, Alexander Stubb, acusou hoje a Hungria e a Eslováquia de alimentarem a invasão da Ucrânia com as compras de recursos fósseis russos, durante uma visita à Ucrânia, ecoando críticas de Kiev.
A Comissão Europeia desembolsou hoje a oitava parcela do empréstimo de assistência macrofinanceira excecional (AMF), no valor de mil milhões de euros, de um total de 18,1 mil milhões de euros.
Peter Mandelson foi destituído do cargo de embaixador britânico nos Estados Unidos "com efeito imediato", na sequência de alegações sobre a sua relação com o abusador de menores norte-americano Jeffrey Epstein, comunicou hoje o Governo.
A Polónia, membro da União Europeia (UE) e da NATO, anunciou hoje que restringiu o tráfego aéreo na sua fronteira leste, após a invasão de cerca de 20 drones russos suspeitos no seu território.
O primeiro-ministro polaco anunciou esta quarta-feira que vai invocar o artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre todos perante ameaças à segurança de um dos Estados-membros, na sequência da violação do seu espaço aéreo por drones russos.
A França regista hoje protestos que se fizeram sentir principalmente nos transportes e autoestradas, com mais de 100 detenções, a maioria em Paris, num dia em que estava previsto um bloqueio total convocado contra as medidas do Governo.
Manifestantes nepaleses incendiaram esta terça-feira o Parlamento na capital Katmandu, após a demissão do primeiro-ministro na sequência de protestos que causaram 19 mortos, anunciou um porta-voz da assembleia.
O Parlamento Europeu (PE) validou hoje o acordo entre a União Europeia (UE) e o Brasil que permite o intercâmbio de dados pessoais e não pessoais para combater a criminalidade grave e o terrorismo.