Prometido e cumprido!

O CHEGA-Madeira é um partido que, tal como a estrutura nacional da qual deriva, tem gravada na sua matriz ideológica e praxística a luta intransigente contra a corrupção, o amiguismo, o compadrio e a gestão danosa da Causa Pública. Tal princípio não é mero tema de campanha, usado para conquistar a confiança do eleitorado, mas um valor político estruturante do qual não o partido não abdica e o qual norteia a sua luta em prol da transparência, da lealdade para com os cidadãos e da integridade dos processos governativos.

Durante a análise e votação do programa de governo da Região Autónoma da Madeira, o grupo parlamentar do CHEGA-Madeira tomou a decisão mais difícil, colocando os interesses da Região e dos madeirenses acima dos interesses do próprio partido. Em vez de trilhar o caminho mais fácil e politicamente mais vantajoso, que teria sido o de abrir caminho para novas eleições, o CHEGA-Madeira optou por viabilizar um programa e um orçamento que se mostraram essenciais para a estabilidade da Região. Tal decisão, que certos adversários partidários procuraram retratar como um suicídio político, foi, na realidade, um acto de enorme responsabilidade que trouxe benefícios concretos à população. Aliás, essa atitude sensata garantiu apoios como o subsídio de insularidade, desbloqueou carreiras profissionais estagnadas e forneceu ajudas vitais a diversas instituições e empresas. O tempo e os factos confirmaram a justeza da escolha e os madeirenses puderam testemunhar os frutos de uma opção que priorizou, unicamente, o bem-estar da Região.

Contudo, a resposta do governo regional a esta abertura do CHEGA-Madeira não foi de gratidão ou humildade. Longe disso, o governo regional não soube interpretar a tolerância que, em nome dos madeirenses, lhe foi concedida. Em vez de aproveitar a oportunidade para corrigir o rumo, a liderança de Miguel Albuquerque mostrou-se incapaz de adoptar uma atitude sincera no combate à corrupção e de afastar as influências nefastas de certos interesses na governação regional. A passividade revelada em combater estas pressões obrigaram o cidadão comum a continuar refém dos jogos egoístas de uma elite que se julga dona da Madeira, revelando uma falta de compromisso com a regeneração ética que o CHEGA-Madeira sempre exigiu.

Para agravar a situação, o governo de Miguel Albuquerque mais afundou-se no inaceitável pântano da corrupção, com mais de metade do executivo a ver exposto o seu envolvimento em casos que denunciam relações promiscuas entre o poder político e o económico e que ilustram um quadro desonroso para a política regional. Esses casos e os indícios de cumplicidades que lhe estão associados foram a gota de água que fez transbordar o copo da tolerância do CHEGA-Madeira. Consequentemente, o partido talhou a curta margem de manobra que, em nome dos madeirenses, tinha concedido a Miguel Albuquerque, a qual o ainda presidente regional se revelou incapaz de honrar com a dignidade necessária.

Assim, e com uma coragem ímpar, o CHEGA-Madeira assumiu a liderança da oposição, apresentando uma moção que marca o fim da liderança de Miguel Albuquerque e abre as portas a novo ciclo político. Através de uma estratégia inteligente, o CHEGA-Madeira conseguiu realizar o que nenhum outro partido alcançou na história da democracia madeirense, isto é, catalisar uma reforma profunda na governação. Hoje, o futuro da Madeira apresenta-se inegavelmente associado à acção política do CHEGA-Madeira, partido que demonstrou ser o verdadeiro defensor dos interesses da população e cuja acção ação firme continuará a definir os rumos da Região, promovendo um novo modelo de governação que, sem Albuquerque, queremos pautado por condutas éticas e transparentes. Com convicção, o CHEGA-Madeira afirmou: “Com Albuquerque, não!”. Com inteligência e trabalho, cumpriu. Parabéns, CHEGA-Madeira!

Artigos do mesmo autor

O nosso percurso colectivo dos últimos anos demonstra que, como Povo, somos capazes do melhor. Por isso mesmo, não podemos deixar de sentir orgulho nos portugueses que trabalham de forma dedicada para dar uma vida digna aos seus filhos, naqueles que são solidários para com os mais carenciados, naqueles que buscam a competência nas missões […]

Para infortúnio nosso, a Democracia portuguesa nunca foi conhecida pela sua capacidade de analisar e resolver os desafios com que o país se tem confrontado desde o colapso do Estado Novo. De certa forma, somos e temos sido uma Democracia imperfeita, e, pior do que isso, uma Democracia imatura, que tem estado muito mais vocacionada […]

A história do nosso país revela que, no passado, a incompetência política e o desrespeito pelas populações mantiveram-se até estar ultrapassado o ponto de ruptura. Veio, então, a guerra e a desordem pública porque a reacção dos povos ou do exército já não encontrava estruturas que permitissem evitar a brutalidade e o caos. Em pleno […]

O CHEGA é, por definição, um partido dirigido para o Povo, e, a cada dia que passa, uma organização eminentemente popular, de natureza interclassista e cuja acção é orientada pela defesa intransigente do Interesse Nacional. Situado numa linha reformista, o partido tem afirmado o seu desejo de transformar a nossa sociedade em harmonia com o […]

A constatação mais evidente do que se tem vindo a passar no país nos últimos anos é de que nos falta o que Miguel Torga outrora definiu como “o romantismo cívico da agressão”. Efectivamente, acordamos indignados com a vida que temos, passamos grande parte do dia a protestar contra o estado lamentável em que o […]