Associações da pesca descontentes com redução da quota do carapau

As associações representativas da pesca portuguesa estão contra a redução de mais de 60% das capturas de carapau, depois de os ministros das Pescas da União Europeia terem hoje chegado a acordo sobre as possibilidades de pesca para 2025.

© DR

O presidente da Associação das Organizações da Pesca (ANOP) do Cerco, Humberto Jorge, em declarações à agência Lusa, disse que “o carapau teve uma quebra enorme, de 60%, o que é muito significativo”.

Para o carapau, “as possibilidades de pesca descem 81 mil toneladas, 66% a menos do que 2024, é um corte fortíssimo, quando até agora foi sempre a subir e agora é a descer,” reagiu, por seu turno, à Lusa o secretário-geral da Associação de Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), Luís Vicente.

Para os dirigentes, não há razão para a redução da quota, quando a decisão decorre não da diminuição do ‘stock’, mas por “alterações esotéricas de contabilizar o rácio de rendimento sustentável que as pessoas comuns não entendem”, classificou Luís Vivente.

Ambos receiam que, a continuar a haver reduções em anos futuros, comecem a existir problemas para o setor, quando até agora a quota definida “é suficiente para acomodar as capturas médias” e não haja falta de carapau no mercado.

A ADAPI considerou “boa notícia” o acréscimo da quota prevista para o bacalhau em 3% e a reabertura das capturas ao largo do Canadá, que estavam interditas desde 1992 a Portugal, o que contribui para “o reforço da posição” da frota portuguesa.

Em relação a espécies como o goraz, o tamboril ou o linguado, os aumentos das quotas, ainda que “pequenos”, são “bem-vindos e positivos” para as duas associações.

“Essas quotas vão continuar a estrangular e condicionar a nossa pesca, como tem acontecido até agora, no sentido em que as quotas são pequenas e esgotam-se antes do final do ano”, sublinhou Humberto Jorge.

Portugal vai poder pescar mais de 18 mil toneladas de peixe em 2025, mais 560 toneladas do que este ano e, 32 anos depois, os portugueses poderão pescar bacalhau no Canadá, anunciou hoje o Governo.

Os ministros das Pescas da União Europeia chegaram hoje a acordo sobre as possibilidades de pesca nas águas comunitárias do Atlântico e do Mediterrâneo em 2025, indicaram fontes diplomáticas.

Últimas de Economia

As associações representativas da pesca portuguesa estão contra a redução de mais de 60% das capturas de carapau, depois de os ministros das Pescas da União Europeia terem hoje chegado a acordo sobre as possibilidades de pesca para 2025.
Portugal vai poder pescar mais de 18 mil toneladas de peixe em 2025, mais 560 toneladas do que este ano e, 32 anos depois, os portugueses poderão pescar bacalhau no Canadá, anunciou o Governo.
A inflação acelerou para 2,5% em novembro, 0,2 pontos percentuais (p.p.) acima da taxa verificada em outubro, adiantou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando a estimativa rápida divulgada no final de novembro.
A incerteza económica, as margens comerciais e os custos laborais são os principais desafios à atividade empresarial em Portugal para o próximo ano, de acordo com um estudo da Crédito y Caución e Iberinform hoje divulgado.
Cerca de 14% dos trabalhadores em Portugal considera ter classificações académicas excessivas para o trabalho que desenvolve, revela a OCDE, que acrescenta que 41% se sente "desajustado" por não trabalhar na área para a qual estudou.
O Natal representa 30% das vendas de bacalhau, mas esta tradição pode ser afetada pelo preço, que corre o risco de atingir máximos em 2025, numa altura em que a indústria enfrenta “desafios históricos”, defenderam os industriais do setor.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) assinou um protocolo com 17 empresas de investimento, tendo em vista um mecanismo para a resolução alternativa de litígios, segundo foi hoje anunciado.
A Lufthansa Technik anunciou hoje a instalação de uma fábrica de reparação de peças de motores e componentes de aviões em Santa Maria da Feira, Aveiro, com 700 postos de trabalho e início da produção previsto para final de 2027.
O vice-presidente da Frente Cívica, João Paulo Batalha, considerou que a corrupção de decisores políticos continua tabu na discussão pública em Portugal.
Em Portugal foram criadas 47.117 novas empresas até novembro, uma descida de 2,8% face ao mesmo período do ano passado, avançou hoje a Informa D&B.