Para sustentar a sua posição, André Ventura leu um email datado de 11 de setembro deste ano, no qual equipas clínicas informam um utente de que “desconhecem o agendamento de uma determinada cirurgia”.
“Foram agendadas cirurgias sem o conhecimento das equipas cirúrgicas. Os agendamentos foram feitos por indicação do diretor. Por ordem do seu Governo, estão a ser realizados agendamentos para reduzir listas de espera em cirurgias que, aparentemente, continuam pendentes. É uma fraude política”, frisou.
Ventura, ao relembrar o executivo sobre os números das listas de espera, afirmou ainda que Montenegro “fez promessas que não cumpriu”. Até agosto, havia oito mil doentes oncológicos em lista de espera para cirurgia e atualmente são 1.250. “É grave demais”, sublinhou.
“Isto não é gerir a saúde em Portugal, é uma fraude política”, afirmou o Presidente do CHEGA, referindo-se à “atuação cosmética em matéria de saúde para fingir que não há listas de espera”.
Durante o debate, André Ventura também apontou falhas ao Governo de Montenegro na manutenção da segurança em Portugal, afirmando que “temos um país assolado pelo consumo de droga a céu aberto” e questionando o executivo sobre o que pretende fazer para resolver este problema.
O Presidente do CHEGA culpou o Primeiro-Ministro pelo clima vivido pelos Bombeiros Sapadores, considerando que, apesar das repetidas greves e manifestações, o Governo não tem demonstrado disponibilidade para negociar com estes profissionais.
“É hora de negociar com os Bombeiros Sapadores e dizer ao país que estes homens e mulheres, que nos defendem todos os dias com as suas fardas, não devem ser tratados como criminosos em Portugal”, declarou Ventura.