Mário Soares: As feridas não estão saradas

Mário Soares foi, uma vez mais, homenageado e branqueado por estes dias. Por todos, menos por André Ventura, que foi o único líder político com coragem para pôr os pontos nos ii relativamente ao passado do antigo Presidente da República. Enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros, Soares teve uma intervenção determinante no abandono das antigas províncias ultramarinas, de onde os portugueses tiveram que fugir apenas com a roupa que tinham no corpo, tendo sido espoliados das suas casas, contas bancárias e de uma vida de trabalho árduo sem qualquer atividade política a favor ou contra ninguém. Muitos dos nativos que combateram ao nosso lado foram fuzilados em massa pelo novo poder. Iniciou-se uma guerra civil durante quase trinta anos. E nunca nada nem ninguém defendeu estes Portugueses. E não venha o PS apresar-se a dizer que são feridas saradas, já que muitos dos ainda sobreviventes pagam hoje lares e medicamentos com extrema dificuldade. Muitos dos seus filhos e netos estão hoje em empregos precários e a pagar duramente empréstimos de casas, quando os seus pais ou avós foram verdadeiramente assaltados e expulsos das suas casas, vendo igualmente assaltadas as poupanças de uma vida. Por um lado, Mário Soares interveio ativamente para que existissem eleições democráticas em Portugal, tendo estado na Alameda em 1975, o que veio a ser assegurado por Ramalho Eanes e pela oposição dos proprietários, sobretudo do norte do País, ao assalto comunista. Mas também é verdade que Soares tudo fez para que o PCP e a extrema-esquerda fossem legalizados e protegidos. Isto, depois de terem lutado nas ruas com armas para destruir a democracia, procurando travar eleições e realizando nacionalizações que destruíram a economia e os empregos do nosso País. Os comunistas acabaram por pagar esse esforço de Mário Soares, dando-lhe o apoio para chegar a Belém em 1986 contra Freitas do Amaral. Enquanto presidente, Soares amnistiou Otelo Saraiva de Carvalho e outros operacionais das FP-25, acusados de graves crimes de sangue e de terem espalhado o terror em Portugal. Das três bancarrotas a que os socialistas conduziram o País, em duas delas era Soares que estava à frente do governo. E por fim, nos últimos anos da sua vida, empenhou-se na defesa do seu amigo Sócrates e no ata- que à justiça. Mário Soares, como ser humano, terá tido virtudes e defeitos, mas seguramente o seu “legado” não merece ser branqueado! Portugal e os Portugueses não podem esquecer. Os nossos cidadãos merecem conhecer a verdade da mentira!

 

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