A Hipocrisia da Esquerda: Exploração Partidária e Contradições Inaceitáveis

O panorama político português, particularmente no espectro da esquerda, está impregnado de contradições profundas e práticas oportunistas que não podem passar despercebidas. Partidos como o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) tornaram-se mestres em instrumentalizar grupos vulneráveis para benefício partidário, enquanto perpetuam ideologias e práticas que contradizem as suas próprias narrativas.

O Bloco de Esquerda, por exemplo, construiu a sua base de apoio apresentando-se como defensor dos fracos e oprimidos. Utiliza frequentemente os imigrantes e as minorias sexuais como pilares centrais das suas campanhas, não para resolver os problemas destas comunidades, mas para instrumentalizá-las como bandeiras políticas. É evidente que o partido não tem um plano coerente ou sustentável para resolver as questões que afetam estas populações.

O maior exemplo de hipocrisia do BE é o seu apoio simultâneo à causa palestiniana e aos movimentos LGBTQIA+. Sabemos que em muitos territórios palestinianos, práticas como a tortura, mutilação e até execução de homossexuais são comuns. Ainda assim, o BE prefere ignorar esta contradição flagrante, apenas para promover uma agenda de desorientação política. Esta incoerência reflete não apenas uma falha moral, mas também uma estratégia deliberada para confundir e polarizar a sociedade portuguesa.

Adicionalmente, o BE tem um histórico de envolvimento direto com indivíduos associados a atos terroristas, nomeadamente as FP-25. Este grupo, responsável por assassinatos de polícias, civis e até crianças recém-nascidas, além de assaltos e destruição de propriedade pública, teve vários membros integrados nas listas do Bloco. Exemplos concretos incluem:

Luís Filipe Gobern Lopes, conhecido como “Anarquinho” no período das FP-25, foi cabeça de lista do BE à Junta de Freguesia de Santo António da Charneca, no Barreiro, em 2017. Em 2021, voltou a candidatar-se na mesma freguesia, ocupando o sétimo lugar na lista.

José Ramos dos Santos, condenado por atividades terroristas relacionadas com as FP-25, foi candidato pelo BE à Câmara Municipal de Grândola nas autárquicas de 2017.

Teodósio Alcobia, também condenado, integrou as listas do BE em Sintra nas eleições autárquicas de 2017, sendo eleito vogal na Junta de Freguesia de Agualva Mira Sintra.

Helena Carmo, igualmente condenada por envolvimento com as FP-25, foi eleita deputada municipal pelo BE em Sintra.

Estes factos demonstram que o BE não apenas tolera, mas até promove indivíduos com passados manchados por atos de violência e terror, enquanto, ironicamente, critíca outros partidos como o Chega. Esta hipocrisia descredibiliza qualquer acusação moral que o BE possa tentar levantar.

No que diz respeito ao PCP, as contradições são igualmente gritantes. Este partido, que se afirma defensor dos trabalhadores e das classes populares, detém um património que contradiz completamente os seus valores proclamados. Segundo dados, o PCP possui mais de 60 terrenos e 200 apartamentos ou prédios espalhados pelo país. Entre as suas propriedades, destaca-se a Quinta da Atalaia, com 250 mil metros quadrados, local onde se realiza a Festa do Avante!.

Em 2016, o património imobiliário do PCP foi avaliado em cerca de 14 milhões de euros, representando metade do património imobiliário total dos partidos políticos portugueses na época. Apesar disso, o partido recusa pagar impostos sobre estas propriedades, utilizando a isenções como a do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis). Esta prática contradiz completamente o discurso de luta contra privilégios das elites.

A “Festa do Avante!” é outro exemplo de hipocrisia. O seu nome (Avante) é uma clara referência ao jornal italiano Avanti!, aonde Benito Mussolini ditador fascista com alicerces políticos socialistas, dirigiu por uns tempos com a sua ideologia, lembrando que este é o fundador do fascismo, tornando-se o líder ditador/fascista na Itália. É irónico que um partido marxista-leninista como o PCP homenageie, ainda que indiretamente, uma figura central do fascismo, a quantos anos é que eles dizem combater o fascismo? Pois, mas depois idolatram fascistas .

As semelhanças entre o Avante! do PCP e o Avanti! onde Mussolini  escrevia são notórias:

Ambos têm raízes em movimentos de esquerda: o Avante! promove o marxismo-leninismo, enquanto o Avanti! defendia ideais socialistas da transformação ideológica de Mussolini.

Ambos são ferramentas de propaganda política, focadas em mobilizar militantes e promover ideologias de esquerda.

Ambos utilizam discursos populistas para atrair a classe trabalhadora ou minúcias, embora as suas práticas demonstrem interesses elitistas e autoritários.

Estes factos deixam claro que o PCP, tal como o BE, não está isento de contradições e práticas moralmente questionáveis. Apesar do seu discurso de justiça social e igualdade, ambos os partidos perpetuam agendas que exploram as fragilidades humanas para benefício próprio.

Conclui-se, portanto, que os partidos da esquerda radical em Portugal não têm qualquer intenção genuína de governar ou resolver os problemas estruturais do país. O seu objetivo é desorientar, polarizar e destabilizar a sociedade, mantendo-se relevantes através de narrativas manipuladoras e práticas incoerentes. O cidadão português consciente deve refletir profundamente sobre o apoio a projetos políticos que não servem o interesse público, mas antes perpetuam contradições e agendas ocultas.

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