MP acusa 43 pessoas por fraude nas viagens entre a Madeira e o continente

O Ministério Público acusou 43 pessoas e uma empresa por levantamento indevido do subsídio social de mobilidade nos balcões dos CTT, através da falsificação de bilhetes de avião entre a Madeira e Lisboa.

© Facebook /Tap

De acordo com o comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgado na segunda-feira, os procuradores do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Loures deduziram acusação contra 44 arguidos pelos crimes de associação criminosa, burla qualificada, branqueamento, falsidade informática e falsificação de documento.

Segundo o Ministério Público, esta “organização criminosa” terá recrutado dezenas de pessoas na Madeira que fizeram, entre 2015 e 2024, viagens para Portugal continental, “para se deslocarem a lojas e postos CTT localizados por todo o território nacional”.

O objetivo das deslocações era, através dos balcões dos CTT, levantar o subsídio social de mobilidade, que é atribuído a quem faz viagens de e para as ilhas da Madeira e dos Açores. E para que fossem feitos os levantamentos, este grupo falsificava passagens aéreas, bilhetes, reservas, faturas e recibos associados às viagens.

Durante a investigação, que teve a coadjuvação da Polícia Judiciária, foi possível apurar um prejuízo para o Estado português de, pelo menos, 529 mil euros.

Relacionado com este processo, a Polícia Judiciária deteve, em maio do ano passado, cinco pessoas e fez mais de 70 buscas na Região Autónoma da Madeira e na Área Metropolitana de Lisboa.

A propósito das detenções, a Polícia Judiciária explicava que o grupo investigado “demonstrava elevados índices de organização, com diferentes níveis hierárquicos, sendo composto por falsificadores, recrutadores e angariadores e controladores”.

Esta polícia indicava ainda que nos últimos anos têm sido feitas várias operações para o desmantelamento de “redes criminosas dedicadas à utilização fraudulenta do subsídio social de mobilidade” na Madeira e nos Açores, que já terão lesado o Estado em mais de seis milhões de euros.

Últimas do País

Um foco de gripe aviária foi detetado numa exploração de galinhas reprodutoras no concelho de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, anunciou hoje a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
A GNR e a PSP registaram, nos primeiros nove meses deste ano, 25.327 ocorrências de violência doméstica, o valor mais elevado dos últimos sete anos, à data de 30 de setembro, segundo dados da CIG.
A Inspeção-Geral de Atividades em Saúde está a investigar o eventual conflito de interesses nos contratos celebrados entre a Unidade Local de Saúde de Braga e a empresa privada alegadamente pertencente ao seu ex-diretor de Oftalmologia, foi esta quarta-feira anunciado.
Duas pessoas foram hoje resgatadas da Cova do Ladrão, no parque florestal de Monsanto, em Lisboa, durante um simulacro de sismo que serviu para testar a capacidade de reação das forças de segurança, num exercício coordenado pelo exército.
Mais de 2.300 novos médicos começaram a escolher as vagas para a formação numa especialidade, mas o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) teme que nem todos os lugares disponibilizados para o internato venham a ser ocupados.
Os incêndios florestais de 2024 e 2025 revelaram “falhas de coordenação” entre as diferentes forças no terreno que provocaram atrasos no tempo de resposta aos fogos, aumentando a sua propagação, revela um relatório da OCDE.
A Polícia Judiciária (PJ) participou numa operação promovida pela Europol para identificar organizações criminosas que exploravam, ilegalmente, canais televisivos, tendo sido possível rastrear 55 milhões de dólares em criptoativos.
Uma endocrinologista foi hoje detida no Porto pela Polícia Judiciária (PJ) por alegado envolvimento num esquema fraudulento de prescrição de medicação para diabetes a utentes que queriam perder peso, lesando o Estado em mais de três milhões de euros.
Três alunos ficaram hoje feridos pelo rebentamento de petardos na Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos, em Lisboa, que terão sido lançados por outros dois estudantes daquele estabelecimento de ensino, informou a PSP.
Uma em cada três mulheres foi violência íntima ou sexual ao longo da vida, avançou hoje a Organização Mundial da Saúde, sublinhando tratar-se de uma das crises de direitos humanos mais negligenciadas do mundo.